Romarinho e Rodrigo Dinamite reeditam parceria de seus pais

Com nome e pedigree de craques, Romarinho, de 15 anos, e Rodrigo Dinamite, de 16, já começam a roubar a cena no juvenil do Vasco. No torneio Cidade do Verde, em Domingos Martins-ES, eles marcaram gols e ajudaram o time a conquistar o título. Apesar dos estilos diferentes, a dupla já faz muita gente se lembrar das tabelinhas e grandes jogadas que seus pais imortalizaram com a camisa do clube.

No Carioca de 1987, por exemplo, Dinamite e Romário marcaram juntos 31 gols. Preparados com todo o cuidado, os garotos vão dando passos firmes rumo a um futuro promissor. No torneio disputado na cidade capixaba, que reuniu os times de Domingos Martins, Rio Branco e Santa Maria, os dois começaram no banco, mas entraram no segundo tempo e mostraram o oportunismo dos pais.

Entre brincadeiras e pequenas provocações, os dois amigos não poupam elogios entre si.

– O Rodrigo é um ótimo finalizador, mas ele se movimenta mais pelos lados enquanto eu fico mais enfiado na área. Ele é o meu garçom – brinca Romarinho.

Rodrigo Dinamite não se importa com o rótulo de garçom, mas brinca com o fato de o parceiro ser estressado.

– Quando não passo a bola, o Romarinho me xinga, fica irritado, mostra que é marrento – brincou.

Rusgas de lado, os dois vibraram com os gols que marcaram no torneio capixaba. Quando acabou o jogo de domingo, em que o Vasco goleou o Domingos Martins por 3 a 0, Rodrigo ligou imediatamente para o pai para falar dos gols que marcou.

– Ele me deu parabéns. Apesar de ser muito ocupado com o Vasco, nunca deixa de me incentivar – disse Rodrigo, que fez questão de contar ao pai como foram os gols que marcou. – No jogo com o Santa Maria, recebi um cruzamento e marquei de primeira. E na final de domingo, me livrei do zagueiro e marquei de cabeça.

Com Romarinho, a história não é diferente. Ele contou ao pai sobre o gol que marcou e a conquista do título.

– Ele ficou muito feliz quando contei do gol que marquei. O lateral tocou rasteiro para mim e eu cheguei batendo de primeira. Foi um gol de oportunismo como os que o meu pai fazia – disse, orgulhoso.

Treinador prega cautela

Técnico do time no torneio, Luiz Paulo elogia a dedicação dos dois, mas prefere manter a cautela sobre o futuro da dupla.

– Eles são promissores, mas só o tempo dirá se vão chegar um dia onde os pais deles chegaram – disse o treinador. – O Romarinho tem o mesmo oportunismo do pai. Já o Rodrigo joga mais fora da área e lembra o pai nas finalizações.