Romário tem mais de 20 anos como jogador profissional e conhece muito bem o jeito e cada detalhes que envolve um treinamento, uma conversa de vestiário ou um papo com um dirigente. Aberto com os seus companheiros de grupo e agora comandados, o Baixinho tem mostrado ser um líder nato. Em todos os momentos da viagem do Vasco a Dubai, o técnico-jogador esteve próximo dos atletas, seja para um papo, para almoçar ou até mesmo para brincar com os mais chegados, como é o caso do meia Beto.
No aeroporto, por exemplo, um problema com as passagens fez o Baixinho tomar a frente da situação, convocar uma rápida comitiva e esclarecer o problema para o elenco. Porém, Romário tem bem claro na sua cabeça como vai proceder no seu dia a dia como treinador do Vasco.
- Tem jogador que simula contusão para não jogar uma partida fora de casa, mas volta para jogar um clássico. Se o cara atrasar ao treinamento, tem que multar mesmo. Tem que doer no bolso. Sacanagem se paga com sacanagem - diz o Baixinho.
Em Dubai, Romário mostrou que vai ser um treinador participativo. Que vai à beira do campo, xinga, grita e oriente os seus comandados. Nos dois jogos, as comemorações dos gols foram bem parecidas com as do camisa 11, quando entra em campo com o uniforme do Vasco. Resta saber agora se o Baixinho fica só até o fim da Taça Guanabara ou se toma gosto pelo ofício e assume de vez o time da Colina.