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São Januário vive a expectativa de pagamento de salário

Os corredores dos fundos de São Januário são cinzentos, cor de concreto. Quando o dia é nublado, o caminho fica ainda mais soturno. Nele, funcionários que cuidam da manutenção do Vasco descansam sentados em bancos de madeira. Na última quinta-feira, um deles levantou o rosto e perguntou:

- Quem vai dar entrevista hoje, amigo? É o Campello? Tem que perguntar sobre os salários.

A abordagem não chega a surpreender. São três pagamentos abertos - dezembro, 13º e janeiro -, que asfixiam os trabalhadores com salários mais baixos e que testam o comprometimento do elenco de Alberto Valentim.

No clube, o assunto é o que pauta a maior parte das conversas, cada vez menos ao pé do ouvido. Além dos três pagamentos, há ainda dois deixados pela gestão Eurico Miranda. Quem é mais antigo na Colina está com a paciência perto do fim.

Quem é sangue novo ainda não perde o sono com o problema. Bruno César, contratado nesta temporada, está sem receber desde que chegou. Um salário apenas, o de janeiro. Questionado sobre o problema e a reação dos jogadores do Fluminense, que optaram por não treinar na última terça-feira em protesto à falta de pagamento, o jogador foi protocolar.

- É uma decisão de cada elenco, de cada um. Isso aí (salários atrasados) é uma questão que a gente resolve internamente - afirmou.

Aposta em bolada da TV

O que o camisa 10 disse é a mais pura verdade. Apesar dos atrasos, os jogadores têm obtido resultados em campo - estão invictos há nove partidas, somam oito vitórias em 2019 sem terem recebido nada por isso. Alexandre Faria, diretor de futebol do clube, é um dos responsáveis por administrar a situação. A eloquência com que elogiou o profissionalismo dos jogadores na coletiva de quinta-feira mostrou o tamanho do esforço que tem sido feito.

- O Vasco, hoje, tem parceiros muito fortes. E os grandes parceiros eu quero aqui ressaltar são os atletas do elenco profissional. Poucas vezes vi um grupo tão comprometido com o trabalho. Há jogadores no elenco profissional que são os grandes parceiros do Vasco.

Com folha salarial em torno de R$ 6 milhões, somando elenco profissional e o restante do quadro de funcionários, o Vasco esteve bem perto de receber uma injeção financeira com a venda de Lucas Santos para o CSKA, da Rússia. A transferência não aconteceu e o Vasco deixou de ganhar pelo menos R$ 10 milhões.

Questionado sobre quando ocorreria o pagamento dos atrasados, Alexandre Faria disse que o depósito deverá ser feito em breve, sem precisar uma data. Uma receita que o Vasco almeja para respirar melhor são os R$ 30 milhões que cada clube da Série A deve ganhar referentes à venda dos direitos de transmissão internacional da competição.

Fonte: Agência O Globo
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