Futebol

Saulo relembra história com Romário durante Vasco x Santos

Fã de hip hop, o goleiro Saulo, da Ferroviára, tem uma meta muito clara na carreira: bater o recorde de atuação em campo do Goleiro Buffon, 41 anos e ainda em atividade pela Juventus (ITA). Bem-humorado, durante uma live promovida pela Locomotiva o arqueiro revelou uma outra faceta além da solidez que costuma transmitir sob as traves: falou sobre músicas, amizades, quando desestabilizou Romário indiretamente, de sonhos e da campanha para arrecadar cestas básicas que pode culminar com o fim da longa barba que ostenta há dois anos.

O atleta, de 34 anos, revela que o jogador italiano com mais partidas disputadas, 903, é uma referência não só pela técnica e longevidade, mas pela pessoa que é fora das quatro linhas. Saulo teve oportunidade de enfrentá-lo quando atuou na Sampdoria (ITA).

- Buffon é minha inspiração, talvez o melhor goleiro da minha geração. Só vou tentar jogar mais do que o Buffon, passar a idade dele atuando. Mas ele renovou por mais uma temporada na Juventus, então tenho mais um ano ainda para jogar (42). É um grande goleiro, tive a chance de enfrentá-lo quando joguei na Itália e pude acompanhar que é uma grande pessoa, tem personalidade. É um excelente goleiro, um dos melhores desta geração que pude enfrentar - conta o arqueiro da Ferrinha.

Outro arqueiro que é referência para Saulo é o pentacampeão Marcos, contra quem também conseguiu atuar em sua carreira. O Santos venceu o Palmeiras por 2 a 1 no Brasileirão de 2005 e Saulo pôde levar a camisa do ídolo pra casa. Contudo, acabou deixando Marcos sem retribuição por ter se empolgado demais após o duelo.

- Acabei tendo uma participação bacana no jogo, peguei pênalti, torcida do Santos eufórica, a Vila tinha Alambrado, subi e fiquei comemorando, peguei minha camisa e joguei pra torcida. Quando desci pensei: pouts, a camisa do Marcos. No vestiário, mandaram entregar a camisa dele. Eu fiquei com raiva de mim mesmo, como tínhamos o mesmo assessor, pedi o telefone do Marcos. Liguei para agradecer e pedir desculpas por ter esquecido. Ele foi muito bacana, me chamava de "Saulinho" na época. Um dia marcamos de nos encontrar, levei a camisa, ele me deu conselhos, é um cara sensacional o Marcão - relembrou Saulo.

Desestabilizando Romário com idolatria

O goleiro da Locomotiva relembra quando, também defendendo as cores do Santos, enfrentou o Vasco da Gama no Brasileirão de 2005. O time carioca contava com Romário, que buscava os mil gols na época. Saulo explica que costuma atuar no psicológico dos batedores antes das cobranças de pênaltis, mas contra um dos maiores jogadores do mundo decidiu adotar outra tática.

- Além da questão do preparo, é muto psicológico o momento da batida, o gol fica pequeno, mas o batedor está sempre na vantagem. Então, com o jogo psicológico, tento falar uma coisa para tirar da zona de conforto, são várias estratégias. Eu fico andando sem olhar pra ele, ou uma encarada mais séria, para mexer com o psicológico do batedor. No Santos, contra o Vasco, em São Januário, saiu um pênalti para o Romário bater. Eu ainda queria a camisa dele. Imagina eu, jovem, 19 anos, se eu pegar o pênalti, ele não vai me dar a camisa. Mas, ao mesmo tempo, seria histórico. Então cheguei nele na hora de ajeitar a bola. Eu chamei, ele me olhou e eu falei: "cara, acerta no gol que é gol, você é meu ídolo, acha que vou pegar seu pênalti?". Ele ficou meio sem entender, na hora de batida, eu balancei e a bola foi na trave, se vai no gol acho que eu pegava - relembra o goleiro, que teve de amargar uma contrapartida do Baixinho antes de levar pra casa a camisa.

- Ganhamos o jogo, foi 3 a 1, ele fez o gol de falta. Consegui tomar um gol de falta dele, ele tem só três cobrando falta na carreira. Mas ele saiu bravo, na hora que saiu, foi correndo para evitar os repórteres. Aí passou na minha frente, eu chamei, ele parou e eu apontei pra camisa. Ele tirou a camisa, peguei a minha, dei pra ele e disse: "faz o que quiser, taca fogo, a sua eu vou guardar - relembra o goleiro afeano.

No Santos, Saulo também integrou o elenco que foi campeão brasileiro em 2004, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. Atuou na Itália e, na volta ao Brasil, jogou por Santo André, São Caetano, RB Brasil, Figueirense e Botafogo-PB. Em João Pessoa o atleta conquistou o bicampeonato estadual e deixou saudades na torcida.

O jogador fez uma aposta com a torcida da Ferroviária, se atingir um mínimo de 200 cestas básicas doadas para ajudar entidades durante a pandemia do novo coronavírus, vai cortar a barba que ostenta há cinco anos. O visual gerou apelido como Viking e, de acordo com o atleta, vai ser abandondo sem remorso para ajudar ao próximo.

- Começou com uma brincadeira, um amigo meu, grande irmão que eu tenho, o Diogo. Ele falou: cara, vamos fazer uma campanha para arrecadar umas cestas básicas e você tira a barba. Mas ele falou em 15 cestas, eu disse que isso só minha família ia doar pra me ver sem barba. Aí pedi para fazer algo bacana, tem muita gente passando por dificuldades. Legal pois o pessoal daqui de Araraquara vai abraçar a causa, muita gente vai colaborar, começamos a divulgar, fazer uma arrecadação bacana. O corte da barba é simbólico - disse o atleta.

Quem quiser participar da campanha, deve acessar o site e fazer a doação. A meta já passou da metade.

Fonte: ge
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