Fortaleza e Vasco pisaram o gramado do Castelão amargando um jejum de cinco jogos sem vitória. Ambos, porém, atiraram por terra a oportunidade do reencontro com os três pontos.
O empate em 1 a 1 foi correto numa partida que justificou plenamente a campanha fraca dos dois times no Campeonato Brasileiro.
Até a rodinha de bobo dos jogadores da Seleção Brasileira na bucólica Weggis empolgou mais que o primeiro tempo. E a tática vascaína de jogar fechadinho para partir no contra-ataque, ontem, falhou.
Ramon, único do quarteto ofensivo titular a atuar - Morais, Valdiram e Edilson estão machucados -, errou tudo que tentou. Abedi, que deveria dar uma força na armação das jogadas, era visto mais recuado em campo do que o cabeça-de-área Andrade. E a dupla de frente formada por Ernane e Faioli não se encontrou.
O Fortaleza não ficou muito atrás, não. Embora tivesse mais a posse de bola, não soube o que fazer com ela.
Pelo menos, incomodou mais a meta do goleiro Cássio do que o Vasco fez com o camisa 1 de lá. Para premiar sua insistência, e a irritante incompetência adversária, marcou um gol aos 45 minutos, com Maurílio Faioli marcou apenas a bola - e desceu para o intervalo em vantagem.
Veio o segundo tempo e com ele Ricardinho na vaga de Andrade. Renato passou para o 4-4-2 - Ygor deixou a sobra, enquanto Abedi avançou - e o time carioca começou a rondar a área do Fortaleza. O empate chegou quando o goleiro Albérico, do tricolor cearense, bateu roupa em chute do próprio Abedi e Faioli, oportunista, colocou na rede.
Aí, o jogo, que à essa altura, justiça seja feita, prendia a atenção, ficou aberto, rendendo boas oportunidades para os dois lados. Os donos da casa, porém, esbarraram na falta de técnica de seus jogadores quando ensaiaram uma pressão. O Vasco, por sua vez, foi, com o passar do tempo, demonstrando que, muito mais importante do que sair com os três pontos, era não perder.