Sem contrato, Carlos Alberto espera dar apenas "um até breve" ao Vasco

Até breve, Vasco! Foi com esse sentimento que o meia Carlos Alberto entrou na sala de entrevistas nesta terça-feira para falar de sua provável despedida do clube da Colina. A partir desta quarta-feira, o jogador não é mais atleta do time carioca e, por enquanto, vai ser obrigado a se reapresentar ao Werder Bremen-ALE. Ele sequer poderá treinar em São Januário com o restante dos seus companheiros.

Na conversa com os jornalistas, após o empate sem gols com o Bragantino, Carlos Alberto afirmou que a pausa de 11 dias poderá ser útil para o Vasco resolver a sua situação. No bate-papo, ele bateu o martelo e afirmou que, no Brasil, não atuará em nenhuma outra equipe que não seja o time da Colina.

GLOBOESPORTE.COM: Qual é a sua situação com o Vasco?

CARLOS ALBERTO: Coincidência ou não, nós temos mais alguns dias. Acredito que tudo seja resolvido porque temos um intervalo na Série B. Apesar de estar de amarelo, nunca fugi de nenhuma situação. Os meus amigos aqui precisam de mim e eu preciso deles. Eu não posso abandonar esse desafio. Vocês vão ficar uns dias sem me ver porque eu não posso nem treinar. Vou curtir a minha barriga em casa (disse o jogador referindo-se à gravidez da esposa Carol).

A diretoria passou a real situação das conversas com o Weder Bremen?

Tem um plano B, um plano C, um D. Vamos tentar todas as alternativas. Na minha vida, nunca caiu uma folha que Deus não permitisse. Espero que essa decisão seja tomada o mais rápido possível. A única coisa que me deixa triste é ficar impossibilitado de jogar. Espero que isso seja resolvido logo.

Os dirigentes do Werder Bremen já conversaram com você? Você tem ideia do que passa na cabeça dos alemães?

O negócio é que a gente não pode entrar na cabeça dos outros para saber o que eles pensam. A minha passagem pelo Vasco não foi à toa. Eu tenho um propósito de estar aqui. Tem outras coisas que estão relacionadas aqui. Por essas coisas, eu acredito que o desfecho dessa novela seja feliz. Não fui comunicado de nada. Ninguém vai me pegar pelo braço, pela perna, e me colocar em lugar nenhum. Vou curtir o barrigão da minha mulher em casa e se vocês quiserem ir lá tomar um café e me fazer uma visita, vocês vão ser bem vindos (risos).

Você aceitaria jogar por outro clube?

O meu compromisso é aqui. Não vou jogar em outra equipe, não desrespeitando ninguém. Vou me sentir com o coração partido se eu não fizer parte desse barco. Nós temos uma missão aqui. Aliás, vocês podem me cobrar: no fim do ano, o Vasco estará de volta ao lugar que ele nunca deveria ter saído.

Você admite jogar pelo Werder Bremen a partir de julho?

O Werder Bremen tem o meu passe. Mas eu acredito que tenha pessoas lá com sentimento, com outros valores que a gente possa considerar. A decisão é deles. Vamos arrumar algumas coisas para eles entenderem porque é importante a minha permanência aqui. Tenho certeza que eu não vim para cá à toa. Não fujo dos meus desafios. Esse momento de não estar vencendo foi só um momento. O trabalho está sendo feito da melhor maneira. Há quatro anos, eu estaria querendo uma solução rápida, mas agora estou bem tranquilo.