A capacidade do Vasco de adotar diferentes posturas em uma partida é uma das armas da equipe, que conta com seu forte entrosamento para assumir as mais diversas estratégias em um jogo. O 4-1-4-1 que Cristóvão Borges tem adotado nos últimos compromissos cruzmaltinos é um dos fatores que ajuda a aumentar essa versatilidade.
Dependendo da escolha dos jogadores e da agressividade no posicionamento, o Vasco pode ser ultra-ofensivo ou ultra-defensivo, sem precisar mudar a disposição de suas peças pelo gramado. Um bom exemplo é a formação adotada no jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores, contra o Lanús:
No jogo citado, o Vasco jogou recuado em quase toda a partida. Sem problemas. A presença de Nilton deu mais combatividade ao meio-campo, enquanto Romulo recuado ajudava a dar uma saída de bola equilibrada diante de um adversário que marcava por pressão.
O bom passe longo de Juninho pode ser uma boa ligação para o contra-ataque, procurando os velozes homens de flanco como Eder Luis e Diego Souza. Ainda há a opção de mirar o lançamento em Alecsandro, que tem a capacidade de segurar a bola de costas para o gol e esperar a chegada de seus companheiros.
Não haveria problema, porém, em simplesmente utilizar o mesmo sistema para colocar o Vasco à frente e pressionando o seu adversário. As subidas de Fagner pela direita forçariam combinações com Eder Luis pelo flanco, enquanto a tendência de Diego Souza de sair da esquerda para o meio o aproximaria do setor de articulação e do centroavante Alecsandro, ao mesmo tempo em que abriria o corredor para o apoio de Tiago Feltri.
Assim, o Vasco teria uma gama de opções ofensivas para criar jogadas diante de uma defesa fechada. Uma das vantagens deste 4-1-4-1, que combinado ao entrosamento cruzmaltino, permite que a equipe mude de estratégia de acordo com as circunstâncias da partida, sem perder em organização.
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