O medo do rebaixamento mexe com os torcedores envolvidos e fará com que o mais fanático vascaíno abrace a bandeira... Rubro-negra! A lógica de duas semanas atrás se inverteu. Na época, flamenguistas abraçaram a bandeira vascaína porque esperavam que o rival segurasse o São Paulo em São Januário.
Agora, a rivalidade centenária deverá ficar fora mais uma vez até domingo. Não há jeito. Será hora de fazer figa, bater o Vitória na última rodada e contar com a ajuda do Flamengo diante do Atlético-PR.
No Vasco não há a postura declarada de torcer para o Rubro-Negro. Todos os jogadores, à exceção do técnico Renato Gaúcho, fazem ressalvas e preferem a expressão outros resultados para definir melhor a necessidade vascaína. De peito aberto e sincero, o treinador não quis esconder a cena ao comentar a possibilidade de torcer para o Flamengo na última rodada.
No Campeonato Brasileiro, um time depende do outro. Se ninguém dependesse de ninguém, ninguém seria campeão. Tenho certeza de que no Flamengo há profissionais competentes que vão fazer o seu melhor avaliou Renato.
Umdos ídolos do Vasco e ciente do peso que é, em São Januário, o fato de depender do Flamengo para não ser rebaixado, o atacante Leandro Amaral é ainda mais reticente do que o treinador. O camisa 11 fez questão de lembrar que nada adiantará torcer apenas para o maior rival no domingo. E descartou depender só do Flamengo para se salvar no campeonato.
Não dependemos apenas do Flamengo, mas de uma combinação de resultados de outras equipes. O Brasileiro foi marcado pela irregularidade dos clubes e pelas surpresas, principalmente.Aposto na irregularidade da competição e em nosso trabalho para salvar o Vasco decretou Leandro.
Há quem lembre, também, o Brasileiro de 92, quando Vasco venceu o São Paulo na reta final, classificou o Flamengo para a decisão e abriu caminho para o rival conquistar seu último brasileiro. Uma dívida que, segundo muitos vascaínos, não foi paga até hoje. Quem sabe dure apenas até domingo?
Vascaínos na torcida pelo maior rival (Crédito: Ricardo Cassiano)
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