Não chegou a ser como na final da Copa do Mundo de 1998, quando a notícia de que o atacante Ronaldo não seria titular contra a França causou espanto ao mundo inteiro. Mas o fato de o Vasco entrar com o time reserva para o clássico contra o Fluminense surpreendeu a todos que estavam no Maracanã e até mesmo em casa.
Uma nota oficial chegou a ser divulgada antes da partida pela assessoria de imprensa do clube. Por dela, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, decretou luto oficial de três dias no clube e classificou assim a transferência do local do jogo: ´´Manobra covarde e vergonhosa contra o time de São Januário.\" Os jogadores ainda entraram com uma tarja preta na manga.
- O time está todo de luto. Mas essa iniciativa de entrar em campo com os reservas não partiu de mim.
Eu não escalo o time - afirmou Eurico, que foi hostilizado enquanto subia para a tribuna especial.
Após a partida, o consenso de que o time não sentiu o fato de entrar com os reservas era geral entre os jogadores vascaínos.
- O nosso objetivo era não perder a partir do momento em que não entramos com o time completo. A torcida pode até cobrar um pouco de técnica, mas vontade não faltou - afirmou o goleiro Cássio.
Para o capitão Ramon, o Vasco dominou a primeira etapa da partida e até poderia ter saído de campo com a vitória.
- Clássico é assim mesmo.
Quando as oportunidades são criadas, têm de ser aproveitadas. Mas o time inteiro está de parabéns, mesmo os que não entraram - disse.
Contradição. Após a partida, o atacante Edílson afirmou que a decisão de o Vasco entrar com alguns reservas foi do próprio presidente Eurico Miranda e não do técnico Renato Gaúcho.