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Técnicos: Glória, drama, quedas e maior série invicta da história

Em média, um técnico fica cerca de seis meses trabalhando no Vasco desde 2003. O time cruz-maltino foi comandado por 25 treinadores diferentes e fez 42 trocas no período: viveu os piores capítulos de sua história com três rebaixamentos no Brasileiro, mas também comemorou cinco títulos, sendo o da Copa do Brasil, em 2011, o mais marcante. Ricardo Gomes era o treinador daquele time, que ganhou da torcida o apelido de Trem-Bala da Colina.

Antônio Lopes, Doriva, Jorginho e Dorival Júnior não só tiveram seus nomes marcados por conquistas como comandaram times que foram rebaixados para a Série B. Tantos outros treinaram a equipe de São Januário nos últimos 16 anos. Será que os vascaínos lembram qual é o técnico que teve a maior passagem pelo clube nesse período? O de melhor e pior aproveitamento? O que ficou menos tempo no cargo? E de Mauro Galvão e Romário à beira do campo?

Confira o levantamento completo dos técnicos desde 2003

2003-2007: um título, eliminações traumáticas e ídolos no comando

Antônio Lopes retornou ao Vasco em julho de 2002 após marcar época no clube e erguer quatro troféus, entre eles o do Brasileiro de 1997 e da Libertadores de 1998. A aposta deu certo. Oito meses depois, Lopes conquistou o título carioca de 2003. Ele pediu demissão depois do time sofrer a terceira derrota seguida no Brasileirão. Mauro Galvão, capitão do time campeão continental, assumiu como interino e ficou no comando até o fim do campeonato.

No ano seguinte, o clube trouxe Geninho. O treinador perdeu a final do Carioca de 2004 e foi eliminado pelo XV de Novembro na segunda fase da Copa do Brasil. Deixou o cargo após a equipe sofrer goleada do Palmeiras no Brasileiro. Joel Santana chegou para o seu lugar, mas também viu o time dar adeus à Copa do Brasil de maneira vexatória, caindo nas oitavas para o Baraúnas, e perdendo o emprego. Dário Lourenço foi anunciado como treinador, mas ficou apenas três meses.

Renato Gaúcho assumiu o posto e livrou o time do rebaixamento, terminando na 12ª posição. No ano seguinte não chegou nem nas semifinais das Taças Guanabara e Rio, foi vice-campeão da Copa do Brasil e ficou em sexto lugar no Braileirão. Renato foi demitido em 2007 após sequência de resultados negativos. Celso Roth o substituiu e permaneceu na função por seis meses. O ídolo Romário ficou como interino num único jogo em 2007. O curioso que o Baixinho acumulou dupla função na partida contra o América-MEX: jogador-técnico. Valdir Espinosa foi contratado e conseguiu garantir ao clube uma vaga na Copa Sul-Americana, com a 10ª colocação no Brasileirão. No entanto, o comandante não entrou em acordo com a diretoria para renovação e deixou o Vasco.

2008-2012: rebaixamento, festa e drama de Ricardo Gomes, e retorno à elite com Dorival

O Vasco inicia 2008 apostando em Romário no comando do time, mas a experiência durou pouco. O Baixinho ficou efetivado no cargo até fevereiro. Com a saída do craque, Alfredo Sampaio, até então seu auxiliar, assumiu o posto. Depois a lista de técnicos incluiu Antônio Lopes, Tita e Renato Gaúcho, que viram o time sucumbir e ser rebaixado para a Série B do Brasileiro pela primeira vez. Dorival Júnior chegou em dezembro de 2008, e, 11 meses depois, consegue o principal objetivo do clube naquele ano: voltar à Primeira Divisão, conquistando ainda o título da disputa.

Ricardo Gomes assumiu o bastão no começo de 2011, conquistou a Copa do Brasil e encerrou o segundo maior jejum de títulos da história do clube (2003-2011). Pouco mais de dois meses após a conquista, o comandante ficou entre a vida e a morte. Ele sofreu um AVC no clássico contra o Flamengo, pelo Brasileirão, e se afastou do futebol. Cristóvão Borges o substituiu e foi vice-campeão brasileiro e semifinalista da Sul-Americana naquele ano.

2013-2015: duas quedas e campeão carioca com Doriva

Em 2013 foram quatro treinadores: Gaúcho, Paulo Autuori, Dorival e Adilson Batista, sendo que os três últimos não conseguiram evitar o segundo rebaixamento do clube para a Série B do Brasileiro. Adílson seguiu no cargo e foi vice-campeão carioca em 2014. Depois o time teve campanha irregular na Segundona, e após ser goleado pelo Avaí, pediu o boné. Joel Santana retornou, ajudou o clube a voltar para a elite do Brasileiro, mas a sua quinta passagem pelo clube durou somente três meses. Com Doriva no comando, o Vasco sagrou-se campeão carioca de 2015, mas acabou rebaixado no mesmo ano. Celso Roth e Jorginho, este liderou uma reação impressionante, também não conseguiram evitar o terceiro descenso em sete anos.

2016-atualmente: bi estadual e recorde histórico com Jorginho; Zé Ricardo consegue vaga na Libertadores

Em 2016, Jorginho permaneceu no cargo, foi campeão carioca invicto e conseguiu um recorde histórico pelo Vasco. Sob o seu comando, o time alcançou sua maior sequência de invencibilidade em jogos oficiais: 34 jogos sem derrotas. No entanto, o time caiu de produção no segundo semestre e ele deixou o clube em novembro após garantir o retorno à Série A. Depois, comandaram o Cruz-Maltino Cristóvão Borges, Milton Mendes e Zé Ricardo. Os dois primeiros não fizeram um bom trabalho, enquanto Zé classificou a equipe para a Libertadores 2018. Após avançar na segunda e terceira fases, o Vasco ficou em terceiro no seu grupo e foi eliminado. No Carioca, o técnico perdeu a final para o Botafogo, e após derrota justamente para o Glorioso, no Brasileirão, pediu demissão.

Jorginho assumiu em junho, com eliminações na Copa do Brasil e Sul-Americana, encerrou sua segunda passagem pelo clube com quatro vitórias, um empate e cinco derrotas (43,33% de aproveitamento). Alberto Valentim chegou com a missão de livrar o time do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, e restando cinco rodadas para o fim da competição, o Vasco ocupa a 15ª posição.

Principais destaques*:

Mais jogos na mesma passagem: Renato Gaúcho - 111 jogos (2005-2007)

Mais passagens: Celso Roth - 3 vezes (2007, 2010 e 2015)

Melhor aproveitamento: Alfredo Sampaio - 72% em 13 jogos (2008)

Mais títulos: Ricardo Gomes, Antônio Lopes, Doriva, Jorginho e Dorival Júnior - 1 conquista

Menos tempo: Celso Roth - 25 dias (2010)

Pior aproveitamento: Celso Roth e Marcelo Oliveira - 27% em 5 jogos (2010) e 10 jogos (2012), respectivamente

*Técnicos interinos não incluídos na conta.

Fonte: (ge)
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