Futebol

Thiago Galhardo comenta passagem pelo Vasco

Quinta-feira será um dia de reencontro para Thiago Galhardo. Um pouco mais de um mês após rescindir judicialmente contrato com o Vasco, o meia enfrentará o ex-clube, pelo Campeonato Brasileiro, em São Januario. Embora demonstre respeito pelo Cruz-maltino, o agora camisa 89 do Ceará, que tem três gols em cinco jogos, vê uma infraestrutura superior no clube alvinegro:

Qual a principal diferença que você vê do Ceará para o Vasco? E vê algo em comum?

A diferença de um clube para outro, na minha opinião, deixando claro que não estou fazendo crítica, apenas constatando o que estou vivendo, é a questão financeira e o planejamento. O Ceará é um clube totalmente estruturado, não tem dívidas, tem um centro de treinamentos muito bom. As condições de trabalho aqui hoje são melhores que as do Vasco. Em comum, tem o apoio do torcedor. As duas torcidas são fora do normal.

Quais lições você tira da passagem pelo Vasco?

Totalmente positivas. A minha passagem pelo Vasco me fez crescer em todos os sentidos, dentro e fora de campo. O momento mais difícil foi a expulsão contra o Jorge Wilsterman (na pré-Libertadores), ainda mais por eu ter a convicção até hoje de que ali não foi um lance para expulsão, o adversário encenou e o juiz caiu na dele. Mas, como eu falei, foi uma passagem super positiva. Acredito que deixei a minha contribuição de alguma forma e me doei ao máximo para honrar a camisa do Vasco, pela qual sempre terei o máximo respeito e orgulho de ter vestido.

Como espera a reação da torcida quando voltar a São Januário?

O torcedor vai tentar me desestabilizar, com certeza. Faz parte do jogo. Eu já presenciei eles vaiando o Dedé, o Nenê, e depois aplaudindo também e reconhecendo uma boa atuação, como aconteceu no caso do Dedé. O que pode contribuir negativamente para mim é que muito deles não sabem o real motivo da minha saída, podem achar que eu não quis ficar no Vasco, o que jamais aconteceu. Falo isso tudo achando, pois não sei exatamente o que vai rolar. A minha certeza é que vou estar feliz por voltar em São Januário, um lugar que eu considero uma segunda casa. Vai ser no mínimo uma sensação diferente. A última vez que enfrentei o Vasco em São Januário foi em 2015, ainda pelo Madureira. São muitos amigos, muitas lembranças, mas agora é saber lidar com isso da melhor forma possível para ajudar o Ceará, que hoje é a equipe que estou defendendo.

Guarda mágoa de alguém do Vasco?

Não guardo nenhuma mágoa do Vasco da Gama. Pelo contrário. Como falei, tenho orgulho de ter tido a oportunidade de vestir essa camisa. Vários amigos ainda estão lá, outros já se foram. O clube vai ter sempre o meu apoio quando não for nada que envolva o Ceará. A torcida do Vasco sempre me tratou com enorme carinho, a minha família também, então sigo tendo o máximo de gratidão e respeito por todos e pela instituição.

Qual o maior amigo que você fez em São Januário? Vocês mantém contato?

Fiz vários amigos nessa minha passagem pelo Vasco. Mantenho contato quase que semanalmente com Martín Silva, Maxi, Pikachu, Ricardo, Luiz Gustavo, Gabriel Felix, Marrony, Dudu. São pessoas que eu sou muito grato por ter convivido. Levei muito deles comigo e acredito que deixei muito de mim com eles também.

Você concorda que o Vasco evoluiu com o Vanderlei Luxemburgo?

Para eu poder afirmar que houve uma evolução eu teria que estar acompanhando os treinamentos de perto. O que eu vejo é uma melhora em termos de resultado, mais evidente pelo último jogo contra o Internacional. O Vanderlei é um grande treinador, um cara que dispensa comentários, vencedor. Acho que com essa parada da Copa América ele vai ter realmente tempo para implementar melhor o que ele tem em mente para a equipe.

O que faltou ao Ceará para não ter vencido nos últimos dois jogos?

Ser mais letal, ter um aproveitamento melhor nas finalizações. Eu mesmo tive algumas boas chances nos meus pés e acabei não tendo a felicidade de marcar. O goleiro pegou, bateu na trave, mas de uma maneira geral estamos jogando muito bem. Isso é o que nos dá confiança e motivação. Tivemos duas derrotas e uma vitória fora de casa, mas, nas duas derrotas acredito que tivemos superioridade em termos de atuação. Se essas chances claras de convertem em gols com mais regularidade a gente vai conseguir outros bons resultados.

Quais as metas do Ceará no Brasileiro?

Primeiro, se manter na Série A. O clube retornou na temporada passada, acabou brigando para não cair, então a gente não quer passar por isso novamente, mas sim brigar por uma vaga em alguma competição internacional. Sem dúvida, esse é o nosso maior desafio e objetivo, pelo fato de o clube não jogar nenhum torneio desse tipo há oito anos. Então, vamos em busca de uma Sul-Americana ou até mesmo uma Libertadores. Com o grupo que temos e as contratações que foram feitas para a temporada acredito que podemos chegar nessa meta.

Recentemente, Maxi López também rescindiu com o Vasco e Tiago Reis tem atuado como titular. Você vê o ataque vascaíno mais perigoso hoje? Como foi sua convivência com o Maxi?

Tiago Reis ainda é um garoto, mas já mostrou que tem faro de gol. É um menino que tem todas as características que um centroavante precisa. Chuta bem com as duas pernas, se posiciona corretamente, tem sorte e cabeceia bem. Obviamente, vai trazer perigo para nós. Mas o Maxi também é um jogador renomado, de seleção, disputou Champions League, já passou por grandes clubes da Europa. Ele merece todo respeito. Minha convivência com ele foi muito intensa. Nos demos muito bem desde o início. Aprendi muito. Sou grato a Deus por ter colocado o Maxi e todos que fizeram parte da minha trajetória no Vasco no meu caminho.

Caso marque gol(s) em São Januário, pretende comemorar?

Não tem como falar antes de acontecer o fato, até por respeito ao Vasco, aos jogadores e tudo mais. Mas, se tiver que pensar nessa hipótese, prefiro não cravar nada em relação à minha reação. Vai ser um dia especial para mim porque vou reencontrar meus filhos, minha família, todos estarão lá torcendo. Pode ser que eu me sinta confortável para extravasar essa alegria, ou que sinta um respeito mútuo do torcedor e não faça nada. Realmente não sei, mas acredito que isso é um detalhe. A realidade é que, independente de comemorar ou não, nada mudará o meu respeito pelo Vasco e pelos torcedores.

Fonte: Extra
  • Domingo, 17/03/2024 às 16h00
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