Futebol

Time vascaíno valoriza entrosamento na defesa e dá méritos

A baixa eficiência do ataque e o futebol irregular que levaram o Vasco a virar a parada a Copa do Mundo na modesta décima posição da Série B ofuscaram o trabalho defensivo que tem sido realizado. A equipe de Adilson Batista é a menos vazada, com apenas seis gols sofridos e aposta no entrosamento adquirido desde o começo da temporada. Além disso, os jogadores citam a importância do treinador, ex-zagueiro de sucesso, no dia a dia e nos conselhos e cobranças.

Aprofundando-se nas estatísticas, nota-se que a maior incidência de falhas está no miolo da defesa. Os adversários balançaram a rede três vezes desta forma, com penetrações (Portuguesa e América-MG) e contra-ataque central (Luverdense). O restante saiu de pênalti (Luverdense) e com origem em cruzamentos na esquerdo (Sampaio e Bragantino), nas costas de André Rocha.

O volante Pedro Ken relacionou o sucesso de um time à sua capacidade de marcar e elogiou o entrosamento demonstrado no setor, que se estenda até a sua posição.

- É muito importante se defender bem, a maioria das equipe que chega no fim e conquista títulos tem consistência defensiva e aproveitam a maioria das oportunidades no ataque. Quase todas as chances acabam fazendo. E o entrosamento tem sido muito bom, e foi rápido até. Um já sabe como o outro gosta de jogar, faz a cobertura. Adilson fala bastante que, se for tomar gol, tem que ser total mérito do adversário. Não podemos dar espaços - afirmou.

Os números positivos não são novidade. No Campeonato Carioca, o Vasco também teve a melhor defesa, com 11 gols sofridos. No total, somando estadual, Copa do Brasil e Série B, são 22 em 32 confrontos. Aos 21 anos e em alta, Luan se orgulha de ter ficado fora de apenas dois deles - é o recordista do elenco, sem lesões. Ele é outro a tocar no trabalho do chefe, que se transforma nas atividades.

- Ficamos felizes com os números. O Adilson faz grande trabalho para preencher os espaços, participa ativamente dos treinos e isso é mérito dele e de todos nós que entendemos o que ele passa. Sempre repetimos que a marcação começa lá na frente, senão estoura atrás.

À exceção de Luan, o gol teve revezamento entre Diogo Silva e Martín por causa das convocações do titular para a seleção uruguaia, e as laterais variaram entre André Rocha, Diego  Renan e Marlon, e a zaga, com o estiramento na coxa de Rodrigo, em abril, teve Rafael Vaz, barrado, e Douglas Silva tentando manter o nível. Faltando três rodadas para o recesso é que o capitão vascaíno retornou aos campos e acredita que esteja a mais três partidas de seu ideal.

- Os jogos em que tomamos gols estávamos pressionando pela vitória. Tanto que foram em contra-ataques e jogadas rápidas, não são de bola parada, escanteio... Temos uma equipe que, por ser o Vasco, joga procurando a vitória. Agora é voltar ao equilíbrio que tínhamos no estadual. Eu e Luan formamos uma dupla que mescla as características do jovem com o experiente, como eu já lembrei que fazia com o Ernando no Goiás - destacou Rodrigo.

Lista dos gols sofridos pelo Vasco e como eles saíram:

1 a 1 com o América-MG - bola alta pelo meio
2 a 1 para o Luverdense - contra-ataque pelo meio, rebote do goleiro / pênalti
1 a 1 com o Bragantino - cruzamento da esquerda, gol de cabeça
1 a 1 com o Sampaio Correa - cruzamento da esquerda, rebote do goleiro
1 a 1 com a Portuguesa - penetração pelo meio

Fonte: ge