Titular do Vasco e elogiado com frequência por Fernando Diniz, Robert Renan vai reencontrar o seu ex-clube nesta sexta-feira, em duelo com bola rolando às 19h30 (de Brasília) em São Januário. No Internacional, o zagueiro jogou metade da temporada passada e teve a passagem marcada por uma cavadinha que não deu certo.
Aos 22 anos, Robert Renan foi contratado em agosto para resolver um problema crônico na defesa do Vasco. Logo em sua primeira oportunidade em campo, no jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil contra o Botafogo, ele foi o responsável pela cobrança que garantiu a classificação nos pênaltis e colocou a equipe na semifinal da competição. Bateu de chapa no canto do goleiro Neto.
Depois da partida, o companheiro de equipe Hugo Moura revelou uma brincadeira feita por Puma Rodríguez no meio da tensão das cobranças.
"Quando ele foi bater, o Puma: "Cava, cava, cava". Falei: "Pelo amor de Deus, não faz isso" (risos)".
A brincadeira de Puma se refere ao lance que marcou a passagem de Robert Renan no Inter, adversário do Vasco nesta sexta-feira. No dia 25 de março do ano passado, o zagueiro foi a campo aos 45 minutos do segundo tempo da semifinal contra o Juventude justamente por ser considerado um bom cobrador de pênaltis.
Já nas cobranças alternadas, Roberto Renan correu confiante para a bola e cavou de perna esquerda. O goleiro Gabriel, que havia dado um passo para o lado oposto, agradeceu a batida fraca, se recuperou e encaixou a bola. O zagueiro caiu no chão, desolado. Em seguida, Kelvi converteu sua cobrança e classificou o Juventude para a final do Campeonato Gaúcho.
O lance abalou principalmente a relação de Robert Renan com a torcida, que passou a ter pouca paciência com o zagueiro. Ele alternou entre jogos como titular e reserva até agosto, quando foi vendido ao Al-Shabab, da Arábia Saudita, e se despediu do clube gaúcho.
Na estreia de Robert Renan no Vasco, depois de cobrar o pênalti que classificou a equipe para as semifinais da Copa do Brasil, Diniz comentou o momento difícil que ele teve no Inter.
- Na hora das cobranças, todo mundo tinha treinado. Eu tinha uma lista do primeiro ao 23º. Alguns tinham saído, eu fui escalando assim: os acostumados a bater, batem melhor, Vegetti, Rayan, se o Coutinho estivesse iria bater... Eles falaram que estavam bem para bater e fui colocando. E o Robert Renan foi o único que não tinha falado. Mas ele estava pronto para bater. Eu já tinha quatro, falei: "Robert, você bate o quinto". E ele: "Está certo". Foi meio intuitivo, não foi algo que pensei muito - disse.
"Ele merecia esse prêmio, porque certamente sofreu muito no Inter. Acho que se fosse pensar, seria a melhor pessoa para bater o quinto pênalti, embora tenha sido uma coisa muito mais intuitiva do que pensada", completou.
No Vasco, Robert Renan forma ao lado de Carlos Cuesta a dupla que, em um primeiro momento, resolveu os problemas defensivos da equipe. Foi dessa forma que a equipe reagiu no Brasileirão e chegou a engatar uma sequência de 12 jogos com apenas uma derrota. O momento atual não é bom, com cinco derrotas seguidas, mas o zagueiro segue sendo um homem de confiança do treinador.
Robert Renan tem 14 partidas disputadas com a camisa do Vasco, 13 delas como titular. Ele está emprestado pelo Zenit até junho do ano que vem, com opção de compra prevista no contrato.
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