Torcedores brigaram durante a partida

Mais do que os três pontos e a ascensão na tabela, que colocou o Vasco como o melhor do Rio, ao lado do Fluminense, em número de pontos, a vitória de 3 a 1, ontem, sobre o Figueirense, serviu também para pôr fim a um jejum. Pela primeira vez, desde o dia 31 de maio, um atacante vascaíno conseguiu marcar. Jean fez tudo para perder, mas foi dele, contando com a inestimável ajuda do lateral Vanderson, o segundo gol vascaíno.

Apesar de acabar com a escrita de não marcar nas primeiras etapas das partidas - fato que não ocorria desde o dia 13 de julho -, o Vasco saiu na frente, mas permitiu o empate do Figueirense, ainda no primeiro tempo, confirmando a tese de que é muito mais perigoso fora do que dentro de seus domínios.

Atabalhoada e desorganizada, a defesa cruzmaltina cedia muito espaço ao adversário, que só não abriu o placar no comecinho do jogo por pura incompetência de Schwenck. O atacante do time catarinense deu uma furada digna de comédia pastelão e caiu estatelado no chão.

Contando apenas com alguns lampejos de Morais, Jean e Abedi, o Vasco ia aos poucos tomando conta do jogo. Em um desses lampejos, Abedi, artilheiro do time no Brasileiro e queridinho da torcida, tabelou com Jean e abriu o placar.

A partir daí, a equipe de Renato se encolheu, como costuma fazer após marcar um gol. Como o ponto mais fraco do time é a zaga, não demorou muito para o time catarinense empatar. O esforçado Schwenck, no meio de três vascaínos, marcou, meio que sem querer, com as costas, para a irritação do técnico vascaíno, que não poupou de críticas seus zagueiros, na saída para o intervalo do jogo.

Se no primeiro tempo o Vasco foi apenas razoável, no segundo, ele caiu mais. Ainda desarrumado, o Gigante da Colina partia atabalhoadamente para o ataque e continuava a deixar espaços no setor defensivo. E o gol do Figueirense só não saiu por incompetência.

Para piorar ainda mais o cenário, Renato Gaúcho tirou Abedi e colocou o pequenino Madson, reduzindo ainda mais o poder de fogo do ataque, que pouquíssimas vezes recebeu a bola em condição de marcar.

Mas tudo conspirava a favor. No finzinho do jogo, Morais recebeu em impedimento, e encontrou Faioli. O atacante se enrolou com a bola, mas consegui fazer o gol que aliviou geral.

No fim, os torcedores que brigaram durante a partida, puderam respirar em paz.