Torcida cumpriu papel de 12º jogador, em quantidade e qualidade

Em termos de quantidade, foi claramente possível ver que a torcida do Vasco bateu o recorde do ano em presença em São Januário. Mas o principal no que diz respeito ao público que compareceu à partida contra a Portuguesa, no último sábado, foi o apoio incondicional. Um cenário bem diferente de não muito tempo atrás, quando a casa cruz-maltina tornou-se palco de protestos contra diretoria e equipe.

Simplesmente não se ouviu vaias em São Januário. Durante toda a partida, os torcedores cantaram e aplaudiram até mesmo os erros, preferindo reconhecer o esforço pelo acerto. Alguns dos maiores alvos, como Eder Luis e Fellipe Bastos, tiveram os nomes gritados. Dakson, que teve atuação apagada – observação feita também pelo técnico Paulo Autuori – deixou o campo sob aplausos ao ser substituído no segundo tempo.

Na véspera da estreia no Campeonato Brasileiro, Paulo Autuori fez uma espécie de apelo, lembrando a importância do apoio da torcida para que a equipe, ainda limitada, pudesse se sobressair em casa. O recado foi entendido, e o treinador reconheceu o mérito dos vascaínos na construção do placar de vitória por 1 a 0.

- Quero parabenizar os verdadeiros protagonistas, que são jogadores e torcida. Muito obrigado pela maneira como nos apoiou. Nós tentamos corresponder com espírito de luta e jogo. No futebol, todo mundo esquece rapidamente as coisas positivas e negativas. Os torcedores querem o momento. Temos que ser cobrados diariamente, e quem está no futebol precisa entender isso. A torcida foi a grande vencedora, junto dos jogadores – destacou Autuori.

Com 8.229 pagantes (11.099 presentes), o Vasco teve no último sábado seu maior público em casa no ano. A última partida da equipe em São Januário até então – vitória por 3 a 1 sobre o Quissamã, dia 13 de abril – tinha contado com 871 pagantes (2.393 presentes).