Treino não surte efeito, e Vasco vai mal na bola parada

Sem faltas ou atrasos, todos jogadores do Vasco frequentaram os ensaios durante a semana. O técnico Adilson Batista treinou com insistência jogadas de bola parada antes do jogo contra o Corinthians. Na véspera, ficou quase uma hora repetindo jogadas aéreas para o time tentar um golzinho salvador que não veio no empate por 0 a 0 contra o Corinthians. Pelo contrário, apenas em um lance o que foi ensaiado foi minimamente executado. Porém, a falta cobrada por Marlone no segundo pau, que Cris colocou para o meio da área foi ineficaz por um motivo: nenhum jogador do Vasco acompanhou a jogada, que foi facilmente cortada pela zaga do Corinthians. 

O empate de 0 a 0 no Pacaembu levou o Vasco aos 38 pontos, em situação desesperadora no Brasileiro e ainda na 18ª posição. Contra o Corinthians, o time apostou na bola parada praticamente como única arma para derrotar os paulistas no Pacaembu. Ao todo, foram seis lances alçados para dentro da área, mas nenhum deles levou perigo ao Timão - e pelo menos em uma bola, um erro de cruzamento quase gerou gol do adversário.

A primeira oportunidade foi quando Wendel sofreu falta na intermediária. O lateral Yotún passou bola curta para Guiñazu, que tentou esticar para o peruano na ponta, mas a zaga do Corinthians, atenta, interceptou a jogada. A segunda chance veio após falta em Abuda. Novamente, em cobrança curta, Marlone passou para Guiñazu, que colocou na área, mas Renato Silva não alcançou e a zaga corintiana afastou.

Finalmente na terceira jogada, os treinos mostraram algum resultado. Da faixa direita da intermediária, Marlone levantou bola alta para Cris no segundo pau. O zagueiro cabeceou com liberdade para o meio da área, mas nenhum jogador do Vasco fechou para conferir o lance, facilitando o corte da defesa corintiana.

No segundo tempo, uma nova chance quase se virou contra o Vasco. Yotún bateu curto a falta para Guiñazu, que colocou na área muito baixo. No rápido contra-ataque, o próprio argentino foi superado por Emerson, que chutou raspando para fora do gol de Alessandro. Na quinta e na sexta tentativas de falta - e uma de escanteio -, Marlone, Yotún e Fagner insistiram com Cris na ponta da área, mas não conseguiram acertar a bola no zagueiro.

Se na frente o time não conseguiu criar nenhuma jogada de gol a partir de bola parada, ao menos na defesa a equipe se saiu bem, com destaque para os cortes pelo alto de Cris. Adilson comemorou este aspecto positivo, a consistência da defesa contra o Corinthians.

- Neutralizamos bem o Corinthians, marcamos bem, mas tivemos algumas chances para colocar o companheiro melhor colocado e não conseguimos. Corinthians teve poucas oportunidades no jogo - disse o treinador do Vasco.