Futebol

Valentim encara pela 1ª vez uma luta contra o rebaixamento

Restam duas vagas que ninguém quer ocupar. A rodada decisiva do próximo final de semana vai decidir o rebaixamento de outras duas equipes para a Série B de 2019. Por enquanto, Paraná e Vitória já caíram matematicamente. Sport, América-MG, Chapecoense, Vasco e Fluminense brigam para não ficar com duas batatas quentes após o término da 38ª rodada e não ocupar as indesejáveis posições restantes da degola.

Para ir além das chances matemáticas calculadas pelos especialistas, o GloboEsporte.com analisou a carreira dos comandantes dos times que lutam para escapar da queda de divisão. Com uma longa trajetória à beira do gramado, Givanildo Oliveira é o personagem de maior destaque. Com seis rebaixamentos desde 2001, o técnico do América-MG já enfrentou o descenso com o próprio Coelho duas vezes: 2011 e 2016 (participou da campanha).

Claudinei Oliveira e Milton Mendes já participaram de campanhas de rebaixamento recentemente. O técnico da Chape esteve à frente do Avaí em 2017 e participou da campanha do Paraná deste ano, e o comandante do Sport caiu com o Santa Cruz em 2016.

Alberto Valentim e o interino Fábio Moreno estão enfrentando pela primeira vez uma luta contra o rebaixamento. Lembrando que Moreno assumiu o Fluminense na última quinta-feira, a três dias da última rodada, após a demissão de Marcelo Oliveira.

Sport: Milton Mendes

Com uma carreira iniciada com trabalhos fora do país, o primeiro trabalho profissional do atual técnico do Sport no Brasil foi no Paraná, em 2014. Mas ele ganhou destaque mesmo pela campanha na Ferroviária quando conquistou o acesso à primeira divisão do futebol paulista após 19 anos longe da elite estadual. Com evidência no mercado, foi contratado pelo Atlético-PR em 2015, mas deixou o clube após sequência negativa no Brasileiro daquele ano.

De lá pra cá, teve uma passagem rápida pelo futebol japonês e voltou para comandar o Santa Cruz em 2016. Pelo Tricolor, foi campeão da Copa do Nordeste e do Pernambucano, mas pediu demissão após campanha ruim no Brasileirão. Deixou o time em penúltimo ao fim do primeiro turno, mesma posição final da equipe após as 38 rodadas.

No ano passado, ficou por cinco meses no Vasco e foi demitido com o Cruz-Maltino na beira da degola em 16º, a dois pontos do Z-4. O clube, porém, se recuperou bem e terminou em sétimo, inclusive com vaga na Libertadores. Agora, pelo Sport a missão é livrar o clube pernambucano do rebaixamento.

O que precisa para não ser rebaixado: vencer o Santos e torcer para que dois dos três times que estão acima na tabela tropecem: Chapecoense (empate ou derrota para o São Paulo), América-MG (empate ou derrota para o Fluminense) e Vasco (derrota para o Ceará).

América-MG: Givanildo Oliveira

Givanildo é o treinador mais experiente da lista. Por ter mais trabalhos no seu histórico que os outros quatro, ele tem neste século mais conquistas de âmbito nacional, mas também coleciona mais rebaixamentos.

O técnico de 70 anos esteve presente em seis campanhas de rebaixamento desde 2001: para a Série C com o Remo em 2004, para a Série B com o América-MG em 2011, para a Série C com o Paysandu em 2013, para a Série D com o Treze em 2014, para a Série B com o América-MG em 2016 e para a Série C com o Santa Cruz em 2017.

Conhecido também como rei dos acessos, Givanildo participou de cinco campanhas de subida de divisão: para a Série A com o Paysandu em 2001, para a Série A com o Santa Cruz em 2005, para a Série A com o Sport em 2006, para a Série B com o América-MG em 2009 e para a Série A com o América-MG em 2015.

O que precisa para não ser rebaixado: se derrotar o Fluminense, torce para que Vasco ou Chapecoense não vença na rodada. Um dos dois resultados bastará. Caso empate no Maracanã, torce para uma derrota da Chapecoense e para o Sport somar no máximo um ponto. Se perder, será rebaixado.

Chapecoense: Claudinei Oliveira

Claudinei Oliveira foi campeão da Copa SP de 2013 com o Santos e promovido ao time principal no fim de maio. Sua tarefa foi simplesmente assumir a vaga deixada por Muricy Ramalho, campeão da Libertadores em 2011. Ele terminou o Brasileiro de 2013 na sétima colocação, mas não continuou no clube para o ano seguinte.

Até chegar ao Avaí em 2016, passou por Goiás, Paraná, Atlético-PR e Vitória. No clube catarinense, ficou de agosto de 2016 até abril de 2018. Ele conseguiu o acesso para a Primeira Divisão no primeiro ano, mas acabou rebaixado com o Leão da Ilha na temporada seguinte. Vale ressaltar que ficou a campanha inteira no clube.

Em 2018, Claudinei pode terminar a temporada com três rebaixamentos na Série A. Ele comandou o Sport (abril a agosto), o já rebaixado Paraná (agosto a outubro) e está na Chape desde o dia 16 de outubro.

O que precisa para não ser rebaixado: se vencer, não depende de outros resultados. Caso empate com o São Paulo, torce para que América-MG e Sport não vençam. Se perder, torce por derrota do América-MG e para que o Sport não vença.

Vasco: Alberto Valentim

Em seu segundo ano comandando um time efetivamente (esteve à frente do RB Brasil em 2017), o técnico já tem o desafio de livrar o Vasco do rebaixamento. Alberto Valentim comandou o Palmeiras como interino na reta final do Brasileiro da temporada passada, foi campeão carioca com o Botafogo em 2018, mas saiu durante a Copa do Mundo, com o Alvinegro no nono lugar. Após a rápida passagem pelo time egípcio Pyramids FC, assumiu o clube de São Januário com a missão de evitar o descenso.

O que precisa para não ser rebaixado: se vencer ou empatar, não depende de outros resultados para permanecer na Série A. Em caso de derrota para o Ceará, precisa que dois dos seguintes times não vençam: Chapecoense, América-MG e Sport.

Fluminense: Fábio Moreno

Pode-se dizer que, na tabela, o Fluminense tem a situação mais tranquila entre os cinco clubes. Por outro lado, Fábio Moreno assumiu o time após a demissão de Marcelo Oliveira na última quinta-feira, vai ser interino por um jogo e pode ficar marcado como o homem que esteve à beira do campo no rebaixamento do clube.

Moreno está em sua segunda passagem pelo Tricolor. Participou como observador técnico da comissão campeã do Brasileiro de 2012. Ele chegou ao clube através do treinador Abel Braga. Além do Flu, trabalhou na Ponte Preta e no Internacional e foi campeão olímpico com a seleção brasileira em 2016, na função de observador técnico. O novo comandante retornou no começo de 2017 e virou auxiliar técnico justamente na chegada de Marcelo Oliveira, no meio do ano.

Marcelo assumiu o Fluminense durante a paralisação para a Copa do Mundo, depois do pedido de demissão de Abel Braga. Caso o Tricolor não consiga permanecer na Primeira Divisão, este será o segundo rebaixamento de sua carreira. No ano passado, ele caiu para a Série B com o Coritiba.

O que precisa para não ser rebaixado: se vencer ou empatar, não depende de outros resultados para permanecer na Série A. Caso seja derrotado pelo América-MG, precisa de um tropeço de Vasco (derrota para o Ceará) ou Chapecoense (empate ou derrota contra o São Paulo).

Fonte: ge
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