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Vasco faz treino inédito de reconhecimento no Maracanã para enfrentar Corint

Com um técnico paulista, um diretor gaúcho e jogadores vindos dos quatro cantos do país, São Januário abriga uma nova cultura. No lugar da intimidação do passado, o tratamento é respeitoso. Em busca de melhores condições para sua torcida e para a divulgação de sua marca, o Vasco também deu espaços para o Corinthians, seu rival de manhã, na semifinal da Copa do Brasil, ao tirar o jogo do caldeirão de São Januário.

Com poucos jogadores revelados no Rio e com o sotaque do profissionalismo a orientá-los, o time fará hoje um inédito treino de reconhecimento no Maracanã, onde o Vasco não atua há 45 dias.

Da última vez, as lembranças foram dolorosas. Além da goleada por 4 a 0 sofrida diante do Botafogo na semifinal da Taça Rio, Jeferson deixou o campo com forte torção no tornozelo esquerdo. No tempo de inatividade, aproveitou para tratar também de um problema crônico no púbis. Depois de 20 dias de treinos físicos e de apenas uma semana de contato com bola, o apoiador surge como provável substituto de Carlos Alberto, que está suspenso.

— Pela importância do jogo, procuro nem pensar na falta de ritmo. O lado emocional vale muito e pode ser favorável — disse o jogador, que nasceu em Brasília e veio do Santo André, mas já fala a língua corrente em São Januário. — Junto com a torcida, hoje a gente é um time que se empenha bastante. Minha volta está dentro desse espírito.

No treino de ontem, em que o técnico Dorival Júnior armou os titulares para treinar a saída de bola e a recomposição rápida, Jeferson foi um dos apoiadores, ao lado de Léo Lima. Atrás deles, na proteção à zaga, o matogrossense Nílton sabe o que terá pela frente. Depois de passar oito anos no Corinthians, ainda vê o mundo do futebol com os valores que trouxe de lá. Para ele, o time paulista é a “primeira ou segunda torcida do Brasil”. Dentre os times fortalecidos pela lição da queda, que agora se impõe ao Vasco, o volante cita novamente o Corinthians, além do Palmeiras, sem se dar conta de que o exemplo do Botafogo estava mais perto da realidade carioca. Sobre a dimensão de estar Vasco, precisou recorrer outra vez às referências paulistas: — Dá para comparar o Vasco com todos os grandes, como Corinthians, São Paulo, Palmeiras...

Independentemente da forma com que enxerga a realidade, Nílton tem boa visão de jogo e gratidão pela acolhida recebida em São Januário, onde pôde mostrar o futebol que não se viu no Corinthians: — Me adaptei muito bem ao Rio.

Cheguei desconhecido e hoje sou bem tratado por onde passo.

Na falta de Carlos Alberto, cabe a Léo Lima fazer a ligação do meio com o ataque, e do time atual com as tradições do clube. Remanescente do último título conquistado pelo Vasco em 2003, o apoiador desperdiçou chances ao passar por diversos times grandes até voltar ao lugar em que projetou, disposto a exercer outro papel: — Aquela história de garoto rebelde ficou para trás. Não sou muito de falar em campo, como o Carlos Alberto, mas tenho ajudado até pela experiência que eu tenho.

Ídolo vascaíno é estátua no estádio

Uma das maiores contribuições de Léo Lima é usar sua trajetória para mostrar aos companheiros que o Vasco é bem maior do que o passado recente em que agonizou no Brasileiro até ser rebaixado.

— A queda para a Segunda Divisão foi uma coisa horrível que aconteceu, mas estamos resgatando.

Mesmo quem veio de fora sabe o que foi a época do Dinamite, do Romário e até do Edmundo — disse lembrando os ídolos e a identidade vitoriosa do clube. — Todo mundo aqui sabe o que passou e da grandeza do Vasco.

O gramado do Maracanã já não é mais um velho conhecido. Embora o ex-zagueiro vascaíno Bellini seja estátua e ponto de encontro no entorno do estádio, o time precisa refazer seu caminho de glórias por ali. No lugar do velho sotaque, o profissionalismo obriga o Vasco se sentir visitante dentro de casa.

Fonte: O Globo
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