O Vasco abriu uma sindicância interna para apurar uma denúncia de assédio sexual apresentada por uma ex-funcionária da secretaria do clube.
Demitida na manhã do último dia 31, a mulher se dirigiu à 17ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro na parte da do mesmo dia, segundo apurou o ESPN.com.br, e registrou um boletim de ocorrência por assédio sexual em desfavor de um funcionário do clube.
Ainda de acordo com a apuração da reportagem, a mulher tinha se recusado a assinar a documentação de sua demissão por conta dos problemas recentes, tomando a decisão de levar o caso à polícia imediatamente.
Segundo funcionários do clube e membros da direção vascaína ouvidos pelo ESPN.com.br, tal relato de assédio sexual nunca havia sido apresentado nos canais de denúncia do clube.
Meses antes, inclusive, a mesma funcionária tinha procurado tais canais para apresentar um outro tipo de denúncia, desta vez moral, contra sua chefe imediata na secretaria.
Em 25 de maio, a mulher relatou aos canais internos que teria se sentido humilhada e ofendida pela chefe na frente de outros colegas. Em 13 de junho, a pessoa denunciada foi demitida por, segundo pessoas do clube ouvidas, “uma série de desgastes internos no ambiente de trabalho”. O caso foi considerado encerrado.
Em 31 de julho, a denunciante do caso de assédio moral foi desligada e, então, apresentou a situação de cunho sexual na esfera policial. Ainda segundo apurou o ESPN.com.br, a denunciante relatou que não houve situação física no assédio, mas sim a utilização de palavras em conversas - do início de 2024 - que denotariam o assédio. A Polícia investiga o caso.
Procurado pela reportagem, o Vasco confirmou que “mantendo o seu compromisso com a transparência, ao tomar conhecimento das denúncias de assédio, o presidente Pedrinho determinou, no início do mês, a abertura imediata de uma sindicância interna para a apuração dos fatos”.
No último dia 12, o presidente do Conselho de Beneméritos do clube, Luis Manuel Rebelo Fernandes, protocolou uma solicitação de esclarecimentos sobre o boletim de ocorrência registrado pela ex-funcionária. O documento foi endereçado ao presidente Pedrinho, ao presidente da Assembleia Geral, Alan Belaciano, ao presidente do Conselho Deliberativo, João José Riche Júnior, e ao presidente do Conselho Fiscal, João Marcos Gomes Amorim.
“O clube está adotando o procedimento legal previsto para situações como a noticiada, além de se colocar à disposição da autoridade policial para contribuir com as investigações. O Vasco da Gama reafirma que a prática de qualquer tipo de assédio é inadmissível e não condiz com a história e os valores da instituição. Por fim, o clube repudia o vazamento de documentos que expõem dados e informações sigilosas, o que não apenas causa constrangimento à denunciante, mas também prejudica as investigações em curso”, completou o Vasco em nota enviada ao ESPN.com.br.
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