Lados opostos e com características completamente diferentes: um marca, o outro ataca. Assim tem sido o Vasco desde que Felipe se lesionou. Enquanto a lateral direita é o ponto forte do time nas jogadas ofensivas, a esquerda pouco vai ao ataque e mostra maior segurança na marcação.Tanto com Fagner como com Allan na lateral, a direita fica fortalecida ofensivamente com as investidas de Eder Luis. Desta forma saíram, por exemplo, gols importantes da reta final da Copa do Brasil.
No Campeonato Brasileiro, o desequilíbrio ficou mais nítido após a lesão do meia Felipe, há sete rodadas fora por conta de um problema no joelho. Ele trabalhava muitas jogadas pela esquerda. Números comprovam a diferença (ver quadro com estatísticas).- O lado direito acaba sendo mais efetivo no ataque. Estou sempre jogando por ali, com Fagner, antes com o Allan. Às vezes o Márcio Careca, ou quem joga na lateral esquerda, sofre um pouco com isso, pois fica pouca gente para ajudar pelo lado dele - disse Eder Luis.As características dos jogadores que atuam pela esquerda também justificam o pouco poder ofensivo. Depois que Ramon foi para o Corinthians, Márcio Careca, que tem como ponto forte a marcação, ganhou a vaga. Quando ele não joga, o volante Jumar é improvisado por ali. Julinho é até mais ofensivo, mas está já há algumas rodadas fora por conta de torção no pé esquerdo.- Tem o Eder e eu dou opção nas jogadas. Então acho que acaba sendo uma característica da equipe mesmo - ressaltou Fagner.
Fagner pede mais apoio
A fase do Vasco é boa, mas a média de público no campeonato, nem tanto. Com média um pouco acima de 9.500 torcedores em casa, o time tem chances, além de conquistar a liderança, de encher a arquibancada com dois jogos seguidos na Colina pelo Brasileiro.- A torcida tem de vir e apoiar o time. A campanha que estamos fazendo é boa. Muitos clubes, passando pelo que o Vasco já passou, não estariam na briga. É o momento de refletir um pouquinho, vir e apoiar os 90 minutos. Com eles apoiando, vamos conseguir coisas maiores - disse.
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