O Vasco chegou ao limite financeiro para manter as contas no azul em 2025 e, para não "torrar" a sua maior jóia, o atacante Rayan, pediu à Justiça do Rio a autorização para um empréstimo já previsto no plano de recuperação judicial, de R$ 80 milhões.
O que aconteceu?
A diretoria entende que o jogador está em processo de valorização e, para ganhar tempo, já que não tem proposta concreta e pretende mantê-lo, vai precisar de uma receita nova para cobrir o buraco deixado pela 777 Partners, detectado quando o presidente Pedrinho assumiu o controle da SAF.
A venda de Rayan fazia parte do processo de reestruturação, mas o Vasco se deu conta do desenvolvimento do jogador nas mãos de Fernando Diniz e adiou a ideia. O empréstimo também estava previsto dentro dos estudos encomendados pelo clube, e já seria pedido no primeiro semestre. Com a contenção de gastos, isso se adiou.
O valor precisou ser solicitado, segundo o Vasco, pois em maio de 2024 todas as receitas do corrente ano já haviam sido antecipadas pela 777, através do então CEO, Lucio Barbosa. Com a contenção de gastos e aumento de receita, o clube conseguiu manter os salários em dia até agora.
De maio a outubro, com o pedido de recuperação judicial em estruturação, o Vasco já tinha planilhado a necessidade de contrair dinheiro no mercado, no modelo DIP (debtor-in-possession), mecanismo de crédito destinado a empresas em recuperação judicial. Agora, o clube aguarda autorização da Justiça do Rio.
Segundo o blog apurou, a contração do valor não tem relação com os investimentos da diretoria nas recentes contratações. Desde que foi previsto, o empréstimo era no valor de R$ 80 milhões. Com orçamento limitado, o Vasco foi ao mercado para trazer jogadores de segunda e terceira prateleiras, alguns livres.
Também cortou na própria carne com as vendas dos zagueiros Luiz Gustavo, João Victor e a saída do meia Payet, que recebia um dos maiores salários do elenco. A renovação de Léo Jardim e a chegada de Cuesta, Robert Renan, Tiago Mendes e Andres Gomes equilibraram a folha. E Rayan foi valorizado. Para ficar.
A expectativa no Vasco é que com a possível ida para a final da Copa do Brasil o fim de ano seja ainda mais proveitoso financeiramente. Mesmo assim, o empréstimo virá para equilibrar a despesa corrente. E fazer com que o dia a dia do futebol siga mais tranquilo até o fim da temporada.
O Vasco da Gama busca um empréstimo de R$ 80 milhões para manter suas finanças equilibradas até 2025, evitando a venda precoce do talentoso atacante Rayan. O clube, que enfrenta um déficit deixado pela 777 Partners, optou por essa medida para ganhar tempo e valorizar Rayan, agora sob a orientação de Fernando Diniz. O pedido de crédito, previsto em seu plano de recuperação judicial, aguarda aprovação da Justiça do Rio.