Futebol

Vasco pede 1,8 mil ingressos e bate recorde de cortesia no novo Maracanã

Com ingressos praticamente esgotados logo no primeiro dia de venda, o jogo entre Vasco e Santos, neste domingo, às 19h30, mobilizou a diretoria vascaína, que fez promoções com entradas a R$ 10 e R$ 20 no valor inteiro para um efeito caldeirão no Maracanã. Em disputa, além da vitória, que pode aliviar temporariamente o time fora da zona de rebaixamento - o que vai depender dos resultados de adversários diretos -, mais dois recordes. Um deles o de maior público do clube este ano - no clássico contra o Flamengo, em Brasília, foram mais de 61 mil pessoas no estádio. O outro já está garantido: com 1.800 ingressos de cortesia - 1.000 cadeira sul, mais 800 setor leste inferior e superior - solicitados ao Consórcio Maracanã, a diretoria vascaína superou a partida contra o Goiás, quando levou 1.700 entradas, o que já era a maior cota entre os quatro grandes no novo estádio.

O pedido de cortesia é natural entre os clubes em seus jogos, seja como mandante (quando têm direito a mais gratuidades), seja como visitante. Esses ingressos, conforme documento oficial disponível no site da Ferj, são definidos como "convênios e gratuidades". O clube não paga pelo valor do ingresso, apenas deixa de comercializar e arrecadar com essas entradas que viraram cortesia. Segundo o Consórcio Maracanã, esse acerto é feito com cada diretoria para os jogos. Por meio da assessoria de imprensa, o Vasco diz que o aumento na negociação de cortesias é negociado a cada jogo com a administradora do estádio e envolve critérios em comum acordo, como apelo da partida, além de relacionamento normal com patrocinadores e fornecedores

No clássico de reabertura do Maracanã, a direção vascaína, que protestou à época pela sua torcida trocar de lado no estádio com a do Fluminense, pediu 200 cortesias, contra 100 do mandante da partida, os tricolores. Na segunda partida no estádio, os vascaínos dobraram os pedidos, com 400 ingressos de cortesia, na derrota por 3 a 2 para o Botafogo, em 20 de outubro de 2013. A direção alvinegra solicitou um pouco menos de entradas gratuitas: 320.

Com São Januário em obras e após uma série de quatro jogos sem mando de campo - devido à suspensão pela briga na arquibancada entre torcedores vascaínos e corintianos em Brasília, pelo Brasileiro -, o Vasco voltou a mandar um jogo no Maracanã no dia 24 de outubro. O estádio recebeu bom público (mais de 36 mil pessoas) contra o Goiás e a diretoria vascaína mais que quadruplicou os pedidos em relação ao clássico de reabertura, com 1.400 ingressos para arquibancada superior, mais 100 leste interior e 200 leste superior.

Nos jogos entre clubes do Rio e com clubes de fora, o máximo de ingressos que as diretorias pediram foram 900 entradas, no Fla-Flu, pelo Campeonato Brasileiro, no dia 3 de novembro. O Flamengo costuma pedir 520 entradas ao Consórcio, com pico de 570 no jogo contra o Bahia. A diretoria do Botafogo pede, em média, 400 ingressos, com solicitação acima desta quantidade para a partida contra o Atlético-MG, quando recebeu 520 entradas do Consórcio.

Logo após a vitória sobre o Coritiba (2 a 1, em Macaé), nas redes sociais, os torcedores iniciaram uma campanha para lotar o Maracanã contra o Santos. A campanha #70milnoMaraca ganhou adesão do clube e foi adotada pelo marketing vascaíno, que chamou jogadores para convocar a torcida para a partida. Mas a lotação não atingirá 70 mil. Foram colocadas à venda 51.600 entradas, mais 4.961 cadeiras perpétuas e cerca de 5 mil gratuidades, além as cortesias, em total de 64.561 bilhetes

Logo nas primeiras horas de quinta-feira, primeiro dia de venda, os postos de comercialização dos ingressos já tinham filas enormes e alguns problemas. Na sede do Calabouço, o sistema ficou 1h30 fora do ar. Pela internet, o site Futebol Card também apresentou problemas. No fim do dia, já não havia mais entradas à venda, somente para o setor Maracanã Mais, que custam R$ 120. Nesta manhã de sexta, em São Januário, novamente foram formadas grandes filas para os últimos ingressos, que deve acabar até o fim do dia.

Fonte: ge