Ainda em festa pelo acesso à Primeira Divisão, a diretoria vascaína se prepara para enfrentar um duro baque. Ninguém confirma oficialmente, mas o clube deve perder a sede do Calabouço. A informação é de uma fonte ligada ao governo do Estado, que garante que o processo de reintegração de posse já está em andamento e deve ser publicado no Diário Oficial em breve.
A área foi concedida ao clube na década de 1960 pela União e deverá ser usada para fazer parte do complexo esportivo da Marina da Glória na Olimpíada de 2016. No local, serão disputadas as regatas de iatismo, conforme o planejamento já divulgado pelo Comitê Olímpico Brasileiro.
Além do Calabouço, não serão poupados os outros clubes da região, que fazem parte da história do remo na cidade, como o Boqueirão, o Santa Luzia e o Internacional, todos vizinhos à sede vascaína.
Após a escolha do Rio de Janeiro como a sede dos Jogos Olímpicos, engenheiros da Prefeitura estiveram no local fazendo as primeiras medições. Com o desejo de utilizar o local para a Olimpíada, nem mesmo a boa relação do presidente vascaíno, Roberto Dinamite, com o prefeito Eduardo Paes e com o governador Sérgio Cabral, ambos torcedores do clube, deverá evitar a perda da sede.
Questionado sobre o assunto, o vice-presidente jurídico do Vasco, Nelson de Almeida, porém, mantém o otimismo e não acredita na perda da sede. Nunca a diretoria teve uma relação de amizade tão estreita com os três poderes em toda a sua história, ponderou o advogado. Se isso acontecer, haverá um entendimento para que o Vasco, a Prefeitura e o Estado não saiam prejudicados.
Como o terreno foi cedido ao clube, o Vasco não teria direito à indenização, apenas seria ressarcido pelas melhorias feitas no local.