Vasco usa dobradinha de cartolas e política "pés no chão"

O Vasco não pretende repetir os erros cometidos em 2012. A temporada terminou sem qualquer título conquistado, além da vaga perdida para a Copa Libertadores. Por isso, a aposta em um 2013 diferente está na dobradinha entre René Simões e Ricardo Gomes. A dupla acompanha a política “pés no chão” implantada pela diretoria em meio à crise financeira enfrentada pelo clube.

O entendimento entre os dirigentes é considerado fator primordial para evitar a repetição dos problemas na visão do presidente Roberto Dinamite. Experientes e com representatividade no mercado do futebol, René Simões e Ricardo Gomes são os responsáveis por colocar em prática a reestruturação do futebol cruzmaltino. A dupla tem a missão de driblar os problemas nos cofres do Vasco e montar um time competitivo.

A meta não é simples, mas considerada possível. Com a folha salarial sendo reduzida aos poucos, os cartolas entendem que pagar em dia será viável no próximo ano. Com isso, eles esperam eliminar a insatisfação dos atletas, evitar possíveis ações na Justiça e montar um grupo unido pelo objetivo de ajudar o Vasco a conquistar resultados dentro das quatro linhas.

Este panorama está definido desde as primeiras conversas entre René Simões e Ricardo Gomes. Tanto que o Gigante da Colina só deve contar com a chamada contratação de peso para a disputa do Campeonato Brasileiro. Até lá, a diretoria trabalha de forma comedida. Com isso, chegaram o goleiro Michel Alves e o atacante Thiaguinho. Os atacantes Zé Love e Leonardo, o lateral Elsinho e o volante Fillipe Souto estão fechados, mas ainda não foram anunciados oficialmente. Mesmo caso da dupla Sandro Silva e Pedro Ken, do Cruzeiro, envolvidos na troca com Nilton.

Enquanto as transações se desenvolvem, René Simões e Ricardo Gomes seguem diariamente a mesma rotina de trabalho. O segundo garimpa e indica jogadores, enquanto o primeiro fica encarregado de negociar e fazer propostas de acordo com a realidade cruzmaltina. Unidos, os dois transmitem o passo a passo das negociações ao presidente Roberto Dinamite. Tudo para evitar a repetição das inúmeras falhas ocorridas durante 2012.