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Veja os principais pontos da coletiva da diretoria administrativa

O dia seguinte à confirmação matemática do rebaixamento do Vasco no Campeonato Brasileiro contou com a primeira coletiva da diretoria do clube pós queda. Nesta sexta-feira (26), Jorge Salgado e seus VPs, além do Executivo de Futebol, Alexandre Pássaro, deram as diretrizes para o futuro do Cruz-maltino e teve um tom visível: hora de mudança. Todos os presentes falaram sobre inúmeros problemas que o clube viveu nos últimos anos. Dentre os principais pontos, estão a confirmação da saída de José Luiz Moreira, conhecido como Zé do Taxi. Salgado ainda não tem um VP confirmado, mas disse que irá anunciá-lo em breve. Além disso, o executivo Alexandre Pássaro, os próximos passos do futebol já estão traçados.

Confira os principais pontos de cada um dos presentes na entrevista coletiva do Vasco

Jorge Salgado, Presidente

Aumento das dívidas e problemas financeiros:

“Estamos acostumados a enfrentar desafios, tudo vai ser encaminhado no sentido de encontrar uma solução. Os primeiros meses vão ser os mais difíceis porque é quando estaremos fazendo os ajustes. Estamos adequando nosso orçamento, o endividamento aumentou R$ 100 milhões e perda, com rebaixamento, de R$ 100 milhões, então são R$ 200 milhões contra”

“Não é ficar chorando o leite derramado, mas o Vasco não merecia em hipótese alguma esse rebaixamento. Tivemos 18 intervenções de VAR contra a nossa equipe, em 3 ou 4 fomos seguramente prejudicados, inclusive neste contra o Internacional. Então vamos aguardar o que a Justiça vai decidir. As providências estão sendo tomadas”

“A nossa meta é perseguir o pagamento do salário de funcionários e jogadores em dia. Combater o desperdício. Melhorar a eficiência em todas as áreas e reconstruir o nosso Clube, para fazer ele voltar a Série A. O Vasco vai ser diferente daqui para a frente. Vamos tentar de todas as maneiras eliminar essa falta de compromisso com o pagamento de salários e tenho certeza que vamos voltar muito mais fortes para a Primeira Divisão”

Política em investimento em troca de ativos do clube. Como vai ser a participação de pessoas físicas na base:

“O José Luiz já vinha na gestão Campello e a gente ficou com ele para esse final de Campeonato, parao futebol não sofrer alteração. A partir do encerramento, José Luiz já deixa de ser vp de futebol. Ainda não temos, estamos trabalhando em alguma pessoa e no momento certo a gente vai anunciar. O futebol será muito pautado pelo profissionalismo. Não teremos um vp de futebol que faz tudo, vai na Federação, enfim. Aquela figura que a gente está acostumado no passado vai deixar de existir. Em relação à pessoas físicas, para tentar amenizar o sofrimento do caixa, a gent e acha que no decorrer da gestão a gente acaba com esse tipo de ação. o que a gente quer na frente é que quando a gente precise de recurso, a gente use os canais competentes, através de empréstimo ou venda de título A pessoa física tem sido a última instância no ponto de vista de socorrer o caixa do clube. Muitas pessoas que fizeram isso o fizeram com as melhores das intenções, quando não havia recursos para pagar serviços e contratos.”

Plano de Sócios

“A gente é sempre um aliado do torcedor, o torcedor é o maior ativo. Sem o torcedor a gente não é ninguém. Pensamos através de ações em reconquistar o torcedor. Algum momento esse torcedor vai abraçar a nossa causa novamente. Quando eles perceberem que as pessoas que estão na gestão estão vindo para contribuir, reconstruir o clube, eu tenho certeza que o torcedor vai abraçar a causa”

Roberto Duque Estrada, 1º vice-presidente geral

“A questão jurídica que se coloca não se está discutindo um erro de fato, mas, sim, um erro de direito. A partida não poderia ser iniciada sem o VAR em pleno funcionamento. Deveria haver um aviso de que as linhas estavam descalibradas. A partida só poderia ser iniciada após a retomada do funcionamento, e não de maneira imediata”

Adriano Mendes, vice-presidente geral

“O cenário é adverso e pede mudanças profundas. o Vasco vai ser reformado. Vai ser reformado de várias maneiras. Política, financeira e no futebol. Vai envolver futebol, patrimônio, administrativo. A gente não pode fazer coisas que eram feitas antigamente. Chegou a hora da mudança”
 

Retrocesso nos últimos anos:

“Infelizmente o ano foi marcado por uma piora muito grande. Em 2019 tivemos uma melhora, a torcida fez a parte dela. A prova disso é o CT, os Sócios. A torcida é a mais engajad, mais apaixonada, com todo o respeito às demais. O Vasco retroagiu muito no ano que passou. Vasco vai de uma dívida de 750 milhões de reais. Muito grande, muito maior do que se pegou em 2019, também por conta da pandemia. Isso não vai ser detalhado agora. Claramente acima da receita que nós temos. Agora temos uma eventual, potencial, drástica redução das receitas. A receita do ano passado foi 180 milhões, se nota uma queda. A nossa primeira meta é factual era de 260 milhões. Confirmada a queda de receita, cai em 100 milhões. A gente tem que se unir e levantar a cabeça, a gente tem que se preparar para o pior. O Cenário já é muito adverso. Com a compreensão dos vascaínos, de fato muita coisa está acontecendo. Nem tudo pode ser disponibilizado, comentado. São negociações”

Base será priorizada:

“O Vasco vai priorizar os recursos na base. Reestruturação de dívidas, já estamos fazendo. Negociando com a procuradoria geral da Fazenda negociação de dívida. Claro que o Vasco tem um passado muito pesado na parte tributária, mas estamos levando uma proposta técnica num cenário difícil. Não tem como empurrar o problema para frente. Questão de cenário que resolve problema tributário e coloca o Vasco como pagador”, revelou o dirigente.

“A gente tem duas obsessões. A base é o futuro do Vasco. Sempre foi e será. E o Centro de Treinamento. Se tem algo que eu lamento era a gente não ter um CT de primeira. Andamos, temos nosso CT, boa parte pago pela torcida, e está na hora de terminar e fazer andar. A gente está preparado para o pior. O cenário é muito difícil, não se enganem. Vocês vão ouvir muitas respostas fáceis, mas não se enganem. Vamos evoluir de forma sustentável e a longo prazo. Um clube como o Vasco se reergue muito fácil. A gente vai conseguir”, finalizou.

Alexandre Pássaro, Executivo de Futebol

Impugnação do jogo contra o Inter e mudanças:

“Dia muito difícil, independente do que resulte a questão do STJD. Parabenizar todo o departamento jurídico do Vasco. Quando a gente fala em STJD a gente busca a Justiça. O que o mundo inteiro viu ontem e alguns jornais chamaram de escândalo, foi uma justiça sem tamanho. Não podemos esquecer o que aconteceu. Hoje eu tenho muito mais convicção e certeza da minha escolha do que no dia que cheguei ao clube. Tenho certeza da minha escolha. O Vasco tem jeito. Cada um na sua área, em nome do presente e do futuro do Vasco da Gama. Fizemos de tudo o que estava no nosso alcance para fazer com que as coisas andassem de maneira diferente”

“Nós estaremos fundamentados em todas as decisões. Não vamos seguir pedidos e apelos. É isso o que não vem dando certo no Vasco nos últimos tempos. Se confirmada a queda, vamos voltar de uma forma diferente, diferente do que fez das outras três vezes. Eu tenho certeza que eu e essa gestão vamos fazer de tudo para isso acontecer. As mudanças são duras, mas muito mais duro e sofrido é a gente passar o que estamos passando agora. As mudanças que iremos tomar serão para melhorar, ainda que haja dificuldade financeira. Nós vamos melhorar o departamento de futebol do Vasco, ainda que os recurso sejam menores, porque vamos mudar a metodologia”

Próximos passos:

“O planejamento está traçado. A verdade é que a gente já iniciou busca por um treinador. Não é uma escolha aleatória, estamos criando esse processo. Estamos analisando nomes, estou falando com os presidentes dos clubes que já treinaram. Nosso planejamento é de 11 jogadores da equipe, todos da base, permaneceram e o resto entrou em recesso. Na quarta-feira dia 10 a gente tem Copa do Brasil, ou dia 17. Mas vamos ver esse recesso mais para a cabeça do que para o corpo. Com o treinador contratado, vamos escolher o destino para os jogadores. 20 atletas do Sub-20 estão no CT e será comandado a princípio pelo Diogo Siston e toda a equipe da base”

Carlos Roberto Osório, Vice-Presidente

Sofrimento dos últimos anos:

“Temos a oportunidade de virarmos essa página. O Vasco foi saqueado nos últimos anos. Em cada armário que se abre, sai um esqueleto. Estamos lutando pela sobrevivência do nosso clube. O Vasco é imortal, indestrutível. Mas para que hajam muitos corações infantis, precisamos mudar. É importante que a gente saiba que apesar das dificuldades, o Vasco tem grande projetos e vamos tocar esses projetos de maneira inteligente, com a credibilidade de Jorge Salgado. Realizar esses projetos sem mexer no caixa do clube. O Vasco tem projetos grandes a tocar. O Vasco tem terra fértil. A força emana do seu torcedor. Nós somos Vasco, porque o Vasco é diferente. Ele faz parte da nossa vida. A gente sofre pelo Vasco como se o sofrimento fosse dentro da nossa casa. Basta regar um pouquinho essa terra fértil, que os resultados vêm. O Vasco sairá desse momento difícil, rejuvenescido e fortalecido, rumo ao caminho de grandezas. Vamos precisar de todos os vascaínos”

Ajuda de torcedores:

“Recebemos gente de todo o Brasil perguntando: “Como eu posso ajudar?” Você torcedor, pode investir nos nossos títulos financeiros, sendo sócio, comprando pacotes de pay-per-view do Campeonato Carioca. Essa oportunidade será o trampolim para o futuro do nosso clube. O nosso clube tem história e tem amor. É difícil esse momento. Nossa certeza é a de nossos fundadores, naquela agosto de 1898 quando brasileiros e portugueses se uniram para fundar um clube de regatas. Na nossa gestão, daqui dois anos, vamos comemorar feitos muito importantes, a nossa Resposta Histórica vai fazer 100 anos. Vai ser uma nova resposta histórica, que emana dos vascaínos e recolocará o Vasco no seu lugar, no de principal clube do Brasil e do Mundo”

Fonte: Jogada 10
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