- Olha o Vilsão chegando! - bradam os caçadores de autógrafos quando identificam o zagueiro-volante gremista, em sua caminhonete preta no pátio do Estádio Olímpico. Após 13 jogos, é impossível dissociar o superlativo do nome de Vilson.
Tamanha sintonia do jogador com os tricolores desencadeou-se à primeira vista. Foi no dia 25 de agosto, contra o Santos. Estreante, Vilson foi escalado por Renato Gaúcho sob a desconfiança daqueles que não o conheciam.
Como o \"Exterminador do Futuro\" dos filmes de Arnold schwarzenegger, Vilson localizou o alvo prioritário: a bola. Quando Neymar dominava, partia em sua direção o determinado marcador, com 1,89m, tatuagens em profusão, e cara de mau. O Grêmio perdeu, mas o zagueiro saiu consagrado, e batizado: Vilsão.
- O Renato me indicou, cheguei e depois de quatro ou cinco dias já estava jogando contra o Santos. No primeiro lance, quando desarmei o Neymar, a torcida gritou meu nome. Isso é muito importante, sinto esse carinho.
Daí em diante, Vilson percebeu que seu estilo bravo e determinado é exatamente o que os torcedores exigem no Olímpico. Os gremistas querem ver jogadores oferecendo a vida em sacrifício pelo clube:
- Foi sempre um sonho jogar no Grêmio. No Sul o futebol é mais pegado. É o meu estilo, sou um jogador mais de força. (...) Isso é o que eu penso em cada jogo, que é o último da minha vida.
Emprestado pelo Madureira até o final do ano, Vilson - ou Vilsão - ganhou status de polivalente com Renato. Desde as lesões simultâneas de Adilson e Fábio Rochemback, foi improvisado como volante. É titular, não importa a função. E cada vez mais querido pelos tricolores.
- Quando eu passo ali os torcedores gritam \"Vilsão, dá um autógrafo\". Eu fico muito feliz. Não quero deixar esse sonho acabar.