As experientes jogadoras sabem que precisam se esforçar desde já se quiserem representar o Brasil pela terceira vez nos Jogos.
A esperança é de ir bem nas etapas do Circuito Mundial, que valem pontos para a corrida olímpica. Em Pequim, o Brasil contará com duas parcerias na competição. Já no Pan do Rio de Janeiro, Behar e Shelda estão fora e só ganham vaga no caso de desistência de Juliana e Larissa, dupla já convocada para a competição.
Começamos o ano muito motivadas e com um objetivo bem claro, que é a vaga em Pequim. Queremos muito esta vaga e faremos de tudo para conquistá-la. Seria fantástico para nós disputar três Olimpíadas seguidas e quem sabe brigar pela terceira medalha olímpica. O que mais a gente pode querer?, disse Shelda.
Sem perder tempo, as duas fazem preparação especial no Centro de Desenvolvimento do Vôlei, em Saquarema, desde a semana passada e devem ficar por lá pelo menos mais quatro semanas. Com elas estão o técnico Rodrigo Ribeiro, o auxiliar Rhuan Ferramenta, o preparador físico Luis Fernando Rios, além de outros auxiliares.
É extremamente importante que este mês seja todo voltado ao voleibol. Estamos conseguindo treinar, descansar, comer bem, fazer musculação e fisioterapia, sem precisar pegar carro, sem aquela correria que é o nosso dia a dia quando estamos em casa. Por mais focada que a gente esteja, aqui conseguimos nos dedicar mais. Estamos respirando vôlei 24 horas por dia, contou Behar.
A preocupação neste início de temporada se tornou ainda maior porque marcou o retorno de Shelda. A jogadora estava afastada das quadras há três meses em virtude de uma ruptura no ligamento colateral do cotovelo direito. Fiz o meu primeiro treino na terça passada e não senti nada. Estamos começando devagar, mas já estava morrendo de saudades da bola, contou Shelda.