Zé Ricardo começa sua história no Vasco no melhor lugar possível: em casa

A melhor notícia para o Vasco nessa volta ao Campeonato Brasileiro é outro retorno: com o fim da interdição de São Januário determinado pelo Ministério Público, o time pode finalmente mandar seus jogos efetivamente em casa. Ainda que a Colina não tenha portões abertos para sua torcida, jogar em São Janú é sempre uma vantagem para nós. E voltar para casa justo contra o Grêmio, segundo colocado, tanto na tabela como no desempenho fora de casa, torna a partida no nosso estádio ainda mais importante.

Isso porque, mesmo que o Grêmio vá com seu time reserva – por conta do jogo que terá pela Libertadores na próxima quarta –, não teremos muitas facilidades. Participando de todas as competições do mundo, o tricolor gaúcho precisou jogar tantas vezes com seus suplentes que o entrosamento entre eles é bastante próximo ao dos titulares. O que torna nosso adversário de hoje uma pedreira qualquer que seja a escalação definida pelo Renight Gaúcho.

Já no Vasco, a situação é completamente diversa. Se do outro lado há um treinador que conhece a fundo seus comandados, nós teremos a estreia de Zé Ricardo, que, mesmo tendo a sorte de assumir a equipe durante a parada do Brasileiro, ainda está se apresentando ao elenco vascaíno. O novo técnico teve o bom senso de não mexer muito na equipe que atuou bem na vitória sobre o Fluminense, mas, ainda assim, as contusões e suspensões obrigaram o treinador a mexer em algumas peças no time.

O problema é que, mesmo tendo que fazer poucas alterações no time, Zé parece ter feito escolhas duvidosas. Nem discuto entrada do Madson no lugar do Gilberto - apesar de pessoalmente preferir o Pikachu -, porque o chorão entrou no clássico contra o tricolor e não comprometeu. Mas a escolha do Escudeiro no lugar de Jean me parece um risco bem grande.

Zé Ricardo achou uma boa substituir nosso melhor marcador por um veterano que sequer é volante e que não tem conseguido desempenhar bem nem a sua função original. Se sua entrada pode, teoricamente, até melhorar a saída de bola do time, mas dificilmente teremos o mesmo poder de combate e uma recomposição defensiva ágil com o hermano atuando como volante. E isso, contra um time rápido como o Grêmio, pode nos trazer muitos problemas.

Se a aplicação tática do time for a mesma que mostramos contra o Flu, poderemos impedir os contra-ataques gremistas com mais facilidade. Mas, para isso acontecer, todo o time precisará se empenhar defensivamente. À exceção de Nenê, claro.

A partida de hoje é muito importante e os três pontos são vitais para nossas pretensões no Campeonato. Um resultado ruim pode nos jogar de volta para perto do Z4, mas uma vitória, além de nos aproximar do G6, trará a tranquilidade que Zé Ricardo precisa para seguir seu trabalho.