Responsável por soprar o apito na partida entre Vasco e Cruzeiro, domingo, em São Januário, o árbitro Leonardo Gaciba está sem fôlego. Ele foi reprovado ontem no teste físico da Comissão Nacional de Arbitragem (Conaf) para avaliar juízes em condições de permanecer ou ingressar no quadro da Fifa. A CBF não viu impedimento na reprovação de Gaciba e confirmou sua escalação na rodada. O resultado revoltou diretoria e jogadores do Vasco, que divulgou uma lista de supostos erros do árbitro contra o clube desde o Brasileiro de 2003.
O teste de Leonardo Gaciba, do Rio Grande do Sul, foi realizado em São Caetano, no interior paulista. Eleito pela CBF o melhor árbitro do Brasileiro de 2006, o juiz foi reprovado pela terceira vez este ano e ficou de fora do Mundial Sub20, no Canadá. Ontem, Gaciba e os demais juízes deveriam percorrer quatro quilômetros, divididos em 20 voltas de 200 metros. Mas não conseguiu completar a prova.
Tudo vai bem até certo ponto, mas depois o corpo desliga disse Gaciba, que alegou problemas psicológicos e terá nova chance na terça-feira, em teste no Rio, para seguir no quadro da Fifa.
Gaciba foi duramente criticado pela diretoria, que enumerou no site do clube a lista de erros em seis jogos, e pelos jogadores e dirigentes ao desembarcarem de Buenos Aires, onde perderam para o Lanús por 2 a 0, na primeira partida das oitavas-de-final da Copa Sul-Americana.
É revoltante. Se não passa em teste físico, está incapacitado disse Paulo Angioni, supervisor de futebol.
Leandro Amaral, vítima de um dos erros de Gaciba, que não marcou dois pênaltis claros no atacante na partida com o Santos (1 a 1), no ano passado, foi irônico com o juiz:
Juiz é igual ao jogador. Se não está em condições físicas, não
pode entrar em campo.
O técnico Celso Roth condenou os responsáveis pela escalação do árbitro:
Quem coloca para apitar é que tem que reagir. Não cabe a mim criticar.
Sérgio Corrêa, presidente da Conaf, afirmou que divulgar os erros é pressionar o juiz e advertiu que seu trabalho não pode ser julgado antes do jogo.
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