O Clube dos 13 garante a Flamengo e Corinthians mais de R$ 100 milhões por ano de direitos do Campeonato Brasileiro se os clubes voltarem atrás e aceitarem a licitação promovida pela entidade. O RubroNegro levará R$ 108 milhões e o Corinthians, R$ 106 milhões. O terceiro clube mais bem remunerado será o São Paulo, com pouco mais de R$ 90 milhões anuais.
Essa informação partiu do diretor-executivo do Clube dos 13, Ataíde Gil Guerreiro, o homem que idealizou a licitação. Hoje, às 10h, serão abertos os envelopes da licitação da TV aberta, a mais cara e a primeira a ser concretizada.AGlobo anunciou que não vai participar, deixando a disputa para Record e Rede TV!. O valor mínimo para o lance é de R$ 500 milhões, 67% a mais do que no último contrato.
O LANCE! apurou que ontem à tarde a cúpula da Globo esteve reunida para fazer uma reavaliação de toda a situação. Mas a decisão de não participar deverá ser mantida. As concorrentes poderão entregar os envelopes até o momento da cerimônia da abertura. Guerreiro afirmou que os valores de Flamengo e Corinthians e de todos os demais clubes serão maiores caso alguma licitação consiga mais do que o preço mínimo.
Essa divisão é calculada para um bolo de cerca de R$ 1 bilhão. Apenas com a atualização monetária, o valor que o C13 receberá se a licitação não naufragar será de R$ 1,1 bilhão no ano que vem. O diretor do C13 explicou que as fatias dos principais clubes sobre o total do bolo vai crescer os dois clubes de maior torcida do Brasil passarão de 8% para mais de 10,5%.
A razão disso é o crescimento do contrato de pay per view, que dá à dupla quase 30% do bolo, em razão da participação nos pacotes vendidos.
AUDITORIA
O Clube dos 13 contratou o Instituo Insper, antigo Ibmec, para fazer a auditoria financeira na licitação da TV aberta. Esta ficará a cargo do professor titular Antonio Zoratto Sanvicente, uma das maiores autoridades do Brasil no assunto. Segundo Guerreiro, a empresa Price Coopers foi dispensada por se recusar a aceitar a presença da imprensa na abertura dos envelopes.
Clubes de maior torcida poderão receber, cada um, mais de 10% do total do bolo do Brasileirão
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)