Cinco motivos que explicam a má fase do Vasco e desespero na tabela

O Vasco chegou a cinco derrotas seguidas no Brasileirão após a partida contra o Bahia, neste domingo. Em queda livre no campeonato, o clube saiu da oitava posição para o 13º lugar. Tudo isso em um espaço de apenas três semanas. O que explica a sequência negativa na temporada?

O ge separou cinco motivos que ajudam a explicar a queda de rendimento do Vasco, seja no aspecto físico, mental, técnico ou tático. Veja abaixo.

Falta de mobilização para o Brasileirão

Fernando Diniz foi contratado em maio para livrar o Vasco do perigo de rebaixamento. Sob o comando do técnico, apesar de oscilações ao longo da competição, o clube chegou a 42 pontos na 30º rodada. Um desempenho que fez qualquer torcedor esquecer os riscos de cair para a segunda divisão.

Dentro do clube, há quem acredite que o Vasco se desmobilizou após as derrotas para São Paulo e Botafogo no Brasileirão, uma vez que a equipe ficaria longe do objetivo de uma vaga na Pré-Libertadores.

Após cinco derrotas seguidas no Brasileirão, o Vasco só tem três jogos restantes para chegar ao número mágico dos 45 pontos. A situação é pior para Vitória e Santos, que tentam escapar da 17ª posição, mas o clube carioca se complicou de vez na competição e terá um jogo decisivo contra o Internacional.

Perda de confiança do time

Com a sequência de resultados ruins, a confiança do time ruiu. Nos últimos jogos, o Vasco sequer voltou a apresentar um estilo de jogo condizente com as ideias de Diniz. Contra o Bahia, por exemplo, o time investiu em bolas diretas desde a defesa. O treinador vascaíno atribuiu a estratégia à falta de confiança do time para sair jogando desde trás.

— Não, praticamente não foi por conta disso. Saímos mais alongado, porque não estávamos com a confiança necessária para sair jogando curto. É uma das coisas que muita gente cobra, que o time saia jogando de outras maneiras. Saiu, mas de uma maneira mais longa. Era o que dava para fazer.

Ataque em baixa

Nos últimos cinco jogos, o Vasco marcou apenas um gol. O ataque vascaíno era um dos melhores do campeonato e vivia grande fase no bom momento do clube na temporada. Nas seis vitórias contra Bahia (3), Cruzeiro (2), Fluminense (2), Fortaleza (2), Bragantino (3) e Vitória (4), foram 16 gols marcados. Uma média de quase três gols por partida nesse recorte.

O desempenho caiu muito com as atuações ruins da equipe, mas principalmente influenciadas pelos atacantes em baixa. Rayan, Andrés Gómez e Nuno Moreira caíram bastante de produção.

O colombiano não teve boas atuações, enquanto o português sentiu muito o cansaço da sequência de jogos. Rayan, que vinha sendo um dos destaques do campeonato, deixou de fazer a diferença sem o bom nível das companhias. Vegetti perdeu espaço depois de más atuações e voltou para o banco de reservas.

Falhas defensivas

Em cada da sequência de derrotas, o Vasco teve uma falha defensiva decisiva no resultado. Abaixo, o ge separou uma lista de erros bobos que a equipe cometeu em cada uma das derrotas.

• São Paulo: primeiro gol saiu de pênalti bobo de Paulo Henrique
• Botafogo: primeiro gol saiu de pênalti infantil de Cuesta
• Juventude: erro de Cuesta no primeiro gol e falha de Nuno Moreira no segundo
• Grêmio: Barros e Coutinho erraram passes no meio de campo que geraram gols do Grêmio
• Bahia: Robert Renan não acompanhou Pulga, e ninguém fechou o cruzamento

Instabilidade emocional

A equipe não teve um mental forte nas três primeiras derrotas da sequência de cinco jogos ruins. O time ruiu emocionalmente depois de sair atrás no placar contra São Paulo e Botafogo. Contra o Juventude, o empate sofrido ainda no primeiro tempo teve um peso enorme.

O Vasco parou de jogar em São Januário e sofreu a virada para 3 a 1. Contra Bahia e Grêmio, o time sentiu mais emocionalmente a carga dos outros resultados.