Faltam pouco mais de três anos para os Jogos Paralímpicos de 2016, que acontecerão na cidade do Rio de Janeiro e que promete ser um grande evento. De acordo com o site oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro (CBP), os jogos terão mais de 100 mil pessoas envolvidas e cerca de 70 mil voluntários estão sendo preparados para receber os mais de 4.200 atletas.
A psicóloga do Clube de Regatas Vasco da Gama Jarlene Faia, que trabalha no paradesporto desde 2010, está convencida com relação a esse espírito de equipe para dar o melhor de si. Ela comanda uma equipe multidisciplinar que tem como foco a formação de atletas de ponta. É obvio que nem todos os atletas que chegam até nós se tornam atletas profissionais, o que não impede em nenhum momento que o mesmo esteja inserido no contexto da prática de esportes, diz a psicóloga.
Usando a área de atuação, Jarlene Faia conta que procura desenvolver em cada um deles. Um herói que chegue a sua auto-estima, com uma melhor comunicação entre atleta e profissionais especializados. É o caso da atleta do futebol de 7 Marcos Yuri, que faz parte de um projeto pioneiro do Vasco da Gama, único clube que possui um departamento voltado para esportes paralímpico.
O projeto tem como mentores a coordenadora Lívia Prates, o técnico de 7 Rodrigo Terra, o preparador físico Vínicios Ramos e a técnica Jaqueline Silva, que foi convocada para fazer parte da comissão técnica da seleção brasileira de Vôlei sentado. Para completar a equipe, dedicada de profissionais, também está o ex-atleta e fisioterapeuta Mauro Brasil.
Um vitoriso e um sucesso de profissional
O ex-atleta paralímpico e fisioterapeuta Mauro Luíz Brasil da Silva já participou de três Jogos Paralímpicos, conquistando duas medalhas (uma prata e uma bronze em Sidney 2000), e também foi recordista mundial da prova de natação de 50 metros livres de 1998 a 2000. Hoje, ele coordena o setor de fisioterapia dos esportes paraolímpicos do Vasco da Gama e é fisioterapeuta da seleção brasileira de natação de jovens e escolar.
Mauro Luíz Brasil da Silva explica que o Bolsa Atleta projeto do Governo Federal, é um programa bem elaborado e que com o passar dos anos vem se ajustando com a realidade dos atletas. Colabora muito nos resultados, com isso e outros incentivos, as chances do Brasil se superar são grandes devido ao cronograma e o trabalho que o Comitê Paralímpico Brasileiro o (CPB), que vem realizando com as seleções permanentes um acompanhamento de uma equipe técnica e intercâmbios, afirma.
O ex-atleta acredita que as modalidades atletismo e natação já conquistam muitas medalhas para o país. Porém, o atletismo tem mais atletas que trazem medalhas, enquanto que a natação centraliza suas medalhas em dois ou três atletas. Com a proximidade dos jogos Silva, Mauro Luíz vê o crescimento do apoio de forma satisfatória aos atletas de ponta, mas, ele lembra que deve se pensar nos que estão iniciando e desenvolver mais projetos voltados para esse público.