Um clássico que começou 40 minutos antes do nada e que – assim como nos gramados – também é repleto de rivalidade e tradição nas mesas de botão. Um duelo eterno, cheio de magia, de cores, de ídolos, de gols e conquistas. Em um confronto inesquecível, Flamengo e Fluminense decidiram a Série Ouro do Estadual de Equipes de 2025, um dos mais equilibrados e emocionantes dos últimos tempos, no domingo (7/12), no Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército (CSSEx), no Rocha.
Foi um Fla-Flu que também fez jus à história dos dois clubes na Regra Dadinho. Se com a redonda nos pés se destacam gênios como Zico e Rivelino, entre tantos outros, com a palheta nas mãos Ronald Neri e Paulinho Quartarone capitanearam dois esquadrões repletos de craques na busca pelo título. Campeão em 2024, justamente sobre o Time de Guerreiros, o Rubro-Negro buscava o bi. Já o Tricolor, vice para o arquirrival também em 2013, tentava mudar o rumo da história.
De um lado Belga, Brayner, Lucas, Mendonça, Ricardo Mendonça, Ronald Neri e Wellington. Do outro, Aires, Bandini, Gianluca, Gil, Juninho e Paulinho Quartarone. Parte da seleta casta que compõe a primeira prateleira do esporte, com representantes de peso em outros clubes gigantes, como America, Vasco da Gama, River… Mas os holofotes, desta vez, estavam sobre os geniais e geniosos atletas da dupla Fla-Flu. É verdade que tivemos outras finais importantes, nas Séries Prata, Bronze e Extra, só que o foco estava na decisão da Ouro.
Show da banda Since Always
A (bela) apresentação da banda musical Since Always, da qual faz parte o atual bicampeão brasileiro e estadual sub-18, Arthur Krüger, da AAL, embalou o ritmo antes das finais. E, depois que o dadinho quicou, ninguém desafinou. Concentração, precisão, sangue frio e talento. Flamengo e Fluminense fizeram jus ao ‘palco’ montado pela Federação de Futebol de Mesa (Fefumerj) no salão de festas do CSSEx, com o merecido espaço destinado aos artistas do espetáculo da principal divisão do campeonato – sem desmerecer a importância das demais.
Na hora do show para valer, em busca da consagração, Flamengo e Fluminense mostraram vasto repertório nas mesas. O clássico começou equilibrado. Na primeira rodada, após empates entre Gil e Brayner (3 a 3), Paulinho e Lucas (2 a 2) e Juninho e Ricardo (3 a 3), os rubro-negros fizeram 1 x 0, graças ao triunfo de Ronald sobre Bandini (6 a 4). Os tricolores devolveram o revés na segunda parcial, com uma vitória por 2 a 1, e empataram a decisão em 2 x 2 no geral.
Corações acelerados e mentes brilhantes em ebulição. A virada do Fluminense veio na terceira rodada, com a vitória por 3 a 1, após triunfos de Gil, Bandini e Juninho. Um empate em 2 a 2 manteve o time das Laranjeiras em vantagem ao término do turno: 7 x 5. Mas, como clássico é clássico e vice-versa, a equipe da Gávea voltou a tomar a dianteira no confronto após vencer a primeira e segunda parciais (2 a 1 e 4 a 0) do returno, chegando a 11 x 8 no geral e dando a impressão de que o bicampeonato se aproximava.
Gil (Fluminense) x Brayner ( Flamengo)
Sensação que ficou ainda maior na penúltima parcial. Afinal, apesar da vitória do Fluminense, por 2 a 1, Ronald & Cia. foram para a rodada final com uma vantagem relativamente confortável: 12 x 10. Porém, como Fla-Flu decisivo só acaba quando realmente termina… Os tricolores, loucos da cabeça, foram à luta para tentar fazer história. E conseguiram. Com as vitórias de Gil sobre Ricardo (1 a 0), Paulinho sobre Brayner (3 a 2) e Bandini sobre Lucas (6 a 2), além do empate entre Juninho e Ronald (2 a 2), o Fluminense venceu por 13 x 12 e seus atletas voltaram a soltar o grito de campeão estadual, feito que acontecera pela última vez em 2017. Festa do clube tantas vezes campeão.
Flamengo vice-campeão 2025
O Flamengo jogou com Brayner (7 J, 1 V, 3 E e 3 D), Lucas (8 J, 3 V, 1 E e 4 D), Ronald (7 J, 5 V, 1 E e 1 D), Ricardo (8 J, 3 V, 1 E, e 4 D), Wellington (1 J e 1 D) e Belga (1 J e 1 E). O Fluminense foi às mesas com Gil (8 J, 4 V, 3 E e 1 D), Paulinho (5 J, 2 V, 1 E e 2 D), Bandini (8 J, 4 V e 4 D), Juninho (6J, 1 V, 3 E e 2 D), Gianluca (3 J, 2 V e 1 D) e Aires (2 J e 2 D).
America em terceiro lugar
Outro duelo com brilho especial nas finais do Estadual de Equipes foi entre America e River, válido pelo terceiro lugar da Série Ouro. Apesar do revés (2 x 0) na primeira rodada, o time Rubro se recuperou na sequência e abriu 8 x 3 no placar geral, após vencer as demais rodadas do turno (3 a 0, duas vezes, e 2 a 1). No returno, o Mecão ampliou a vantagem na rodada de abertura, ao fazer por 2 a 1 e chegar aos 10 x 4. O River esboçou uma reação na segunda parcial e venceu por 2 a 1, só que Victor Praça & Cia. não deram chance para nova surpresa, empataram a terceira rodada (1 a 1), venceram a última (2 a 1) e fecharam o confronto em 14 x 8.
O America jogou com João Cesar (8 J, 6 V e 2 E), Rodrigo Macieira (8 J, 2 V, 3 E e 3 D), Victor Praça (8 J, 4 V, 3 E e 1 D) e Gyraffa (8 J, 2 V, 2 E e 4 D). O River atuou com Vitinho (5 J, 3 V e 2 D), Jonas (5 J, 2 V, 2 E e 1 D), Marcinho (7 J, 3 V, 1 E e 3 D), Matoso (6 J, 1 V, 3 E e 2 D), André Santos (3 J e 3 D), Johnathan (4 J, 1 V, 1 E e 2 D), Rafael Marques (1 J e 1 V) e Pedro (1 J e 1 D).
Demais séries
O Estadual de Equipes de 2025 (regra Dadinho) ainda conheceu os campeões das Séries Prata, Bronze e Extra, também no domingo (7/12), no Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército (CSSEx), no Rocha. Na decisão da Prata, o Vasco da Gama bateu a Liga Fonte, por 18 a 8. Na Bronze, o título ficou com o Grajaú Tênis Clube, que derrotou o São Cristóvão, por 17 a 11. Já na Extra, o campeão foi o Humiatá, após vencer a Lafume, por 13 a 11.
Liga Fonte 8 x 18 Vasco da Gama
Com a vantagem do empate e reforçada por Latino, recém-campeão da categoria Master no Estadual Adulto individual, a Liga Fonte chegou motivada para tentar faturar o título da Série Prata. Só que o Vasco, concentrado, deu mostras do porquê é considerado o time da virada e abriu tranquila vantagem no turno: vitórias por 3 a 0 nas duas rodadas iniciais, um 2 a 2, na terceira, e vitória por 3 a 1 na quarta, chegando a 10 a 3 no placar geral. No returno, o Gigante da Colina manteve a pegada e os resultados, com duas vitórias (3 a 1 e 2 a 0), um empate (2 a 2) e apenas uma derrota (2 a 1) para fechar o duelo em 18 a 8.
A Liga Fonte jogou com Latino (6 J, 1 V, 1 Ee 4 D), Malvar (5 J, 1 V, 1 E e 3 D), Mello (6 J, 2 V e 4 D), Veras (8 J, 3 V, 1 E e 4 D), Tanoco (2 J e 2 D), Daltro (3 J, 2 E e 1 D) e Jorge Henrique (2 J 1 V e 1 D). O Vasco foi às mesas com Tarouca (8 J, 6 V, 1 E e 1 D), Cleciano (7 J, 4 V, 2 E e 1 D), Adriano (8 J, 5 V, 1 E e 2 D), Oliveira (6 J, 3 V, 1 E e 2 D) e Edu (2 J, 1 E e 1 D).
Grajaú Tênis Clube 17 x 11 São Cristóvão
No duelo pelo título da Série Bronze, prevaleceu a maior experiência do Grajaú Tênis Clube em relação ao brio da promissora equipe Cadete, que, no turno, mostrou força em um confronto equilibrado nas mesas e no placar: 7 x 7 após as quatro primeiras parciais, com duas vitórias do São Cristóvão (2 a 1 e 4 a 0) e duas do Grajaú (3 a 1 e 3 a 0). No returno, porém, Leal e sua turma abriram vantagem nas duas primeiras parciais (2 a 1 e 3 a 1), chegando a 12 x 9 no geral. O São Cri-Cri ainda buscou um empate (2 a 2) na terceira rodada, só que o Grajaú voltou a vencer na parcial final (3 a 0) e fechou a partida em 17 a 11 para ficar com o troféu de campeão.
O Grajaú Tênis Clube jogou com Minduba (8 J, 5 V, 1 E e 2 D), Deco (3 J, 1 V e 2 D), Leal (8 J, 6 V e 2 D), Lin (8 J, 3 V, 3 E e 2 D), LCO (1 J e 1 V) e Alexandre ()4 J, 1 V e 3 D). O São Cristóvão atuou com Florez (5 J e 5 D), Proença (8 J, 4 V e 4 D), JP Isidro (8 J, 5 V, 2 E e 1 D), Antonio Renato (5 J, 1 V, 1 E e 3 D), Riquelme (5 J, 1 V, 1 E, e 3 D) e André Sá (1 J e 1 D).
Humaitá 13 x 11 Lafume
Já o título da Série Extra ficou com o Humaitá, capitaneado pelo craque Franklin, diante de uma Lafume que apostou na experiência e no talento de Léo Azeredo e Harley. A equipe de Niterói largou bem e abriu 4 a 1 nas duas primeiras parciais (2 a 0 e 2 a 1). Os Esmeraldinos deram o troco na terceira rodada, por 2 a 1, só que o Humaitá emendou duas vitórias na sequência (2 a 0 e 3 a 1) e abriu 10 x 4 no placar geral. A Lafume fez 3 a 1 na terceira parcial e ensaiou uma reação, mas o Humaitá voltou a vencer na penúltima parcial por 2 a 1 e abriu 13 x 8 no geral. Na última rodada, a Lafume até conseguiu um 3 a 0, mas só diminuiu a dor da derrota. Humaitá 13 a 11.
O Humaitá jogou com André Guapi (5 J, 2 V, 1 E e 2 D), Guanabara (8 J, 3 V, 4 E e 1 D), Franklin (7 J, 5 V, 1 E e 1 D), Erique (5 J, 2 V, 1 E e 2 D), Daniel LOU (3 J, 1 V e 2 D), Reynaldo (1 J e 1 D), Darcy (1 J e 1 E) e Calixto (2 J e 2 D). A Lafume atuou com Léo Azeredo (8 J, 4 V 2 E e 2 D), Harley (8 J, 4 V, 1 E e 3 D), Marcelinho (6 J, 1 V, 1 E e 4 D), Viana (6 J, 3 E e 3) e Diogo DS (4 J, 2 V, 1 E e 1 D).
Vale ressaltar o ambiente de confraternização entre as equipes, destacando que não ocorreu nenhum incidente, confronto ou indisciplina, apesar do das disputas acirradas que aconteceram. A regra Dadinho está de parabéns.
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