Um pênalti em jogo do Vasco, logo após o Mundial de Clubes de 2000, foi o estopim de um dos maiores atritos entre ídolos do futebol brasileiro: Romário e Edmundo. Quem revelou os bastidores desse episódio foi o ex-jogador Gilberto, durante entrevista ao programa Tupi na Rede, da Super Rádio Tupi, nesta segunda-feira (21).
Gilberto contou que o clima no vestiário vascaíno já era delicado com o retorno de Romário ao clube. O momento crítico aconteceu, segundo ele, em um duelo contra o Olaria, em São Januário, quando houve um pênalti que deveria ser cobrado por Edmundo. No entanto, Romário tomou a frente, pegou a bola e decidiu bater, dando início ao desentendimento público.
De acordo com Gilberto, o conflito não pegou ninguém de surpresa. Já havia um ambiente tenso nos bastidores, potencializado pela disputa de ego entre os dois atacantes. “Era realmente difícil no dia a dia, porque eram dois ícones do futebol brasileiro em atrito”, relatou o ex-lateral.
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Ele ainda destacou que Edmundo já tinha mais tempo de casa e era idolatrado por parte do elenco. Já Romário, apesar da história no Vasco, voltava ao clube com prestígio dividido entre os rivais cariocas, o que intensificava o mal-estar.
Sim. Segundo Gilberto, os jogadores se sentiam pressionados até na hora de decidir para quem passar a bola. “Se tocasse pro Edmundo, o Romário ficava chateado. Se tocasse pro Romário, o Edmundo se irritava”, revelou.
Além disso, o ex-jogador mencionou que a saída do Bank of America, patrocinador na época, agravou a crise. Isso resultou na debandada de vários nomes importantes do elenco que disputou o Mundial, como Juninho Paulista e Euller, deixando o grupo desmontado em 2001.
Apesar da tentativa dos jogadores de manter o profissionalismo, Gilberto admitiu que o ambiente já estava comprometido, e o racha entre Romário e Edmundo marcou o fim de uma das fases mais promissoras da história recente do clube.