Política

Grupo político volta a se manifestar, agora sobre o clássico

Em um episódio que (se confirmado) escancara o abismo entre a vontade da torcida e as decisões da cúpula administrativa, o Vasco da Gama parece ter optado por manter a partida contra o Flamengo, marcada para o dia 19 de abril, no Maracanã mesmo após obter, por meio de uma liminar judicial, o direito de realizar o confronto em São Januário, seu estádio histórico e legítimo mando de campo.

A decisão da juíza Regina Lúcia Chuqer de Almeida Costa de Castro Lima, em resposta a uma ação popular movida por dois torcedores vascaínos, Pedro de Menezes Reis e Marcus Vinicius Reis, autorizava de forma clara e objetiva a realização do clássico em São Januário. A liminar não só suspendia os efeitos da decisão do BEPE, como também permitia a presença da torcida cruzmaltina e, sob avaliação técnica fundamentada, até mesmo da torcida adversária. Trata-se de uma vitória simbólica e concreta, conquistada por vascaínos comuns em defesa de sua identidade e patrimônio esportivo.

No entanto, surpreendentemente (ou talvez nem tanto), a diretoria do Vasco (até aqui) preferiu ignorar esse triunfo popular e manteve o jogo no Maracanã, estádio administrado pelo Flamengo em consórcio com o Fluminense. Na prática, ao seguir com o clássico no Maraca, o clube se alinha às negativas do BEPE e da CBF, recusando-se a exercer o direito que lhe foi restituído pela Justiça. A pergunta que se impõe é: por quê?

O torcedor vascaíno que viu sua luta ser reconhecida nos tribunais tem todo o direito de se sentir traído. A escolha da diretoria simbolizaria não apenas uma renúncia ao mando de campo, mas também uma capitulação institucional diante de forças externas que, historicamente, limitam a autonomia do Vasco. A diretoria, que deveria ser a principal defensora do clube e de sua torcida seria omissa, cedendo espaço e narrativa ao rival e às autoridades que inicialmente vetaram o estádio cruzmaltino.

São Januário, além de representar o território vascaíno, é um símbolo de resistência, inclusão e história. Quando o clube opta por não jogar lá, mesmo podendo, reforça a ideia de que suas decisões estratégicas não são guiadas pelo interesse do torcedor, mas por conveniências políticas, pressões externas ou acordos obscuros que desconsideram a paixão de quem sustenta o clube diariamente.

É preciso reconhecer e exaltar a coragem dos torcedores que buscaram a Justiça e conquistaram o direito de ver seu time jogar em casa. São esses atos que mantêm viva a alma de um clube que nasceu da luta e da insubordinação. Já à diretoria, resta a reflexão: até quando o Vasco será refém das vontades alheias, mesmo quando a lei está ao seu lado?

O Vasco precisa resgatar sua alma histórica de clube que não se curva. Mas isso só será possível quando sua diretoria ouvir a voz da torcida, que como exemplo, nesse episódio lutou e venceu na Justiça pelo direito de jogar em São Januário. Ao ignorar essa conquista, a diretoria não apenas se omite mas trai a confiança de quem moveu a ação, enfrentou o sistema e defendeu o clube quando ele mais precisava. O torcedor vascaíno, mais uma vez é deixado (ao que parece) de lado por quem deveria representá-lo.

Tiago Scaffo.

Fonte: Casaca!
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