Agora, vejam vocês: entre os dias 31 de agosto e 26 de outubro, o Vasco de Fernando Diniz (foto) disputou dez jogos do Brasileiro: venceu sete, empatou dois e perdeu um - no 3 a 0 para o Palmeiras. E se incluídos os empates com o Botafogo pela Copa do Brasil, chega-se a 12 partidas, com uma derrota em dois meses. Tempo em que o treinador se viu obrigado a ajustar e reajustar o modelo de jogo a partir da chegada de reforços e a perda do volante Jair.
Nos últimos sete dias, porém, o Vasco que já surpreendia por sua arrancada foi derrotado três vezes no Rio de Janeiro. E a leitura mais cartesiana dos revezes aponta para fatores distintos: possível depressão que se origina na derrota para o São Paulo - um jogo em que (registre-se!) o time iniciou bem; e um mapeamento tático dos adversários, que já sabem como neutralizar o 4-3-3 e as variáveis de Diniz. O treinador vascaíno terá de encontrar a saída, talvez alterando para o 4-4-2, de olho inclusive nas semifinais da Copa do Brasil, contra o Fluminense.
Em resumo: o Vasco é ainda um time em construção, cheio de defeitos a corrigir e com um elenco razoável para brigar numa zona intermediária da tabela - sem ufanismos. Seu técnico não tem todas as respostas, as escolhas dele não têm dado o resultado esperado e os jogadores, num contexto depressivo, acabaram sofrendo (como todos!) as consequências do calendário turbulento. E, assim sendo, por mais decepcionante que tenha sido essa derrota para o Juventude, em São Januário, o returno do time reformado em agosto é acima do esperado.
Cabe a jogadores e comissão técnica reinventar a forma de surpreender os adversários.
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