Categorias de base

Luiz Antonio Nizzo, técnico da seleção sub-17, começou como jogador nas cate

Luiz Antonio Nizzo, 46 anos, é um caso raro entre os ex-jogadores que se tornaram técnicos de futebol. De carreira curta e não muito vitoriosa que iniciou nas divisões de base do Vasco no início dos anos 80 e que terminou em 1989 no Madureira, Lucho luta por uma causa sua dentro do futebol.

Técnico da seleção brasileira sub-17 que disputa o Mundial da categoria a partir de sábado, na Nigéria, ele espera encerrar o ciclo com os mais jovens com o título. Depois, ter um lugar entre os profissionais, em sua maioria ocupada por ex-atletas repentinamente e desmistificar um rótulo que o incomoda.

– A gente fica chateado no futebol brasileiro porque quando você procura fazer as coisas certas, por um lado às vezes é penalizado. Fui profissional, não tive muito sucesso, mas trabalhei com vários treinadores que hoje estão no mercado, como Joel Santana e Waldemar Lemos. Como queria continuar no esporte, busquei e me formei no curso de educação física. Fiz toda a trajetória de mirim, infantil, juvenil e juniores, mas acabei rotulado como treinador de base. Posso dizer que me preparei, mas hoje o cara já para de jogar e vira treinador de um dia para outro – afirmou Lucho Nizzo.

O extenso percurso na outra profissão começou quando ainda cursava universidade. Lucho iniciou um projeto com Roberto Pinto, antigo treinador no Madureira, e comandava os mirins do Tricolor suburbano às manhãs, enquanto se dedicava aos estudos à noite. Além da seleção brasileira, outros clubes como Fluminense, Botafogo, Goiás, Pão de Açúcar, do Rio de Janeiro e até a seleção da Malásia também estão em seu “currículo de base”. No profissional há um: o Esporte Clube Tigres do Brasil, caçula do futebol carioca.

– Em 2008 tive uma proposta para tentar levar o Tigres à elite do Rio. Foi meu primeiro trabalho como profissional e, modéstia à parte, toda a imprensa elogiou a campanha (o time assegurou vaga na Primeira Divisão como vice-campeão). Agora investi nesse projeto na seleção e quero finalizá-lo com esse Mundial. Depois, o meu objetivo é mesmo integrar uma equipe profissional – disse.


Lucho Nizzo e Neymar, ainda mais novo, com troféu: muitos títulos na base da seleção brasileira
A vontade de levantar o caneco é grande, pois o fracasso no Mundial de 2007, na Coréia do Sul, ainda está fresco em sua memória. Na ocasião, Lucho Nizzo assumiu a geração às vésperas do Pan-Americano do Rio de Janeiro, e não conseguiu montar um time competitivo. Há explicação.

– Estava trabalhando com o atual grupo há dois anos quando o Edgar (Pereira) saiu para o Fluminense e aí me chamaram para pegar a seleção. Mas a equipe já estava convocada e eu tive pouco tempo. Não é desculpa, mas cheguei ao final do projeto. E, no Pan, fizemos uma competição dentro da perspectiva que existiu. Era um campeonato com jogadores de até 20 anos, podendo ter três acima da idade, e nós fomos com a sub-17 da época (atual sub-20). Três anos nessa fase é uma enormidade, seja fisicamente ou emocionalmente. Foi determinante – contou.
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Agora, Lucho tem em mãos um grupo entrosado e que venceu a maioria das competições preparatórias para o Mundial. Como qualquer um, quer vencer para deixar ótimas impressões e criar um nome forte no mercado entre os profissionais. Ao menos para poderem analisar o seu desempenho.

– Espero que não demore a ter minha oportunidade. Até para as pessoas poderem me avaliar, porque acho que avaliar alguém sem chance de trabalho é complicado, e também para que não fique só no rótulo de treinador de base. Estou tranquilo e costumo dizer que a sorte se define quando o preparo encontra a oportunidade. É o que falta – concluiu.

A seleção brasileira estreia no Mundial Sub-17 no próximo sábado, às 16h (de Brasília), contra o Japão, pelo Grupo B. México e Suíça completam a chave.

Fonte: ge
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