Futebol

Marcelo Alves supera desconfiança e vira titular de Luxemburgo

Todo garoto da base repete que seu sonho é jogar em um time grande. O que talvez ele não tenha noção é da urgência para realizar esse desejo. Os clubes grandes e o Brasileirão formam uma espécie de patota na qual, quanto mais velho o jogador é, mais difícil se torna a entrada, mais enraizado fica o estereótipo de "jogador de time pequeno". E isso só valoriza o feito do zagueiro Marcelo Alves, titular do Vasco nesta reta final da Série A.

Aos 23 anos, completados no último domingo, ele conseguiu romper com o estigma que existe sobre o jogador originário de times de menor expressão para disputar seu primeiro Brasileiro pelo Vasco. Dissipou a desconfiança inicial de torcedores com o reforço vindo do Madureira e virou titular de Vanderlei Luxemburgo na tentativa para manter o cruz-maltino na elite do país.

Os números comprovam o quanto é difícil ter a chance que Marcelo teve. Para se ter uma ideia, 198 jogadores foram titulares nas nove partidas da 34ª rodada. Deles, 68% são jogadores contratados já com jogos pelo Brasileirão no currículo, 18% são atletas revelados no próprio clube, 9,5% são estrangeiros e apenas 4,5% são atletas como Marcelo, formados em times menores e que têm no Brasileiro de 2020 a primeira experiência na competição mais importante do Brasil.

Quarta-feira, contra o Fortaleza, no Castelão, ele deverá formar dupla de zaga com Leandro Castan, que está de volta depois de cumprir suspensão contra o Flamengo. Marcelo Alves atualmente vence a disputa interna com um veterano de Brasileiros (Werley), e duas pratas da casa (Miranda e Ricardo Graça), pela posição no time de São Januário.

Um fato explica a demora para Marcelo Alves conseguir a primeira chance em um time grande: sua chegada a um clube formador, como é o Madureira, foi tardia. Enquanto a maior parte dos garotos iniciam a caminhada ainda no sub-12, o garoto passou a atuar pelo Tricolor suburbano aos 15 anos.

Ainda assim, ao se destacar, quase reforçou a base do Vasco na última gestão de Eurico Miranda, mas a mudança não se confirmou. Marcelo Alves seguiu então no Madureira. Seu caminho voltaria a cruzar com o do Cruz-maltino em 2019: faria sua estreia no Estadual da Primeira Divisão justamente contra o Vasco. A partida terminou com vitoria do time da Colina por 1 a 0 e expulsão de Marcelo. Uma tarde para se esquecer em Conselheiro Galvão.

Ele terminou aquela temporada jogando a Copa Espírito Santo e teve de esperar até o segundo Estadual da carreira, em 2020, para novamente ser notado pelo Vasco. Foi José Luiz Moreira, vice de futebol, quem acionou Elias Duba, presidente do Tricolor, para fazer a transferência do zagueiro em 2020.

Atualmente, as partes já demonstraram interesse em renovar o compromisso de Marcelo no Vasco, que vai até o fim do Brasileiro. A tendência é que as conversas avancem depois que a competição acabar e o time da Colina souber se permanecerá na Primeira Divisão ou não, afirmou o representante do jogador, Bruno Lopes.

Fonte: Extra
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