Futebol

Mudanças e queda de desempenho fazem parte do historico do Vasco

No noite de 13 de setembro de 2020, Botafogo e Vasco fizeram um emocionante clássico de cinco gols no Nilton Santos no Brasileirão. Pela Copa do Brasil, na semana seguinte, os comandados de Paulo Autuori garantiram a classificação para as oitavas de final contra o rival, em São Januário. Quase quatro meses depois do encontro do primeiro turno, muito mudou nas duas equipes, principalmente à beira do gramado: sete treinadores comandaram os clubes desde então, sem contar os interinos.

Não é pouca coisa. Desde o duelo no primeiro turno, Ramon Menezes, Ricardo Sá Pinto, Vanderlei Luxemburgo, além do interino Alexandre Grasselli (por dois jogos) estiveram à frente do Vasco. Do lado alvinegro, após a saída de Autuori, passaram Bruno Lazaroni, Ramon Díaz e Eduardo Barroca, além dos interinos Flávio Tenius e Emiliano Díaz.

Trocas e mais trocas

Na temporada de 2020, Vasco e Botafogo, somados, tiveram nove treinadores - quatro de um e cinco do outro, respectivamente. Ambos trocaram os comandantes pela primeira vez no ano ainda no Campeonato Carioca. Abel Braga deu lugar a Ramon Menezes, enquanto Alberto Valentim foi demitido para a chegada de Paulo Autuori. Coincidentemente a última partida dos dois foi contra o Fluminense.

Em outubro, com oito dias de diferença, Ramon e Autuori também deixaram o clube e foram substituídos por Ricardo Sá Pinto e Bruno Lazaroni, respectivamente. Este último não durou nem um mês no cargo e foi substituído por Ramón Díaz, técnico que chegou com problemas de saúde, ocupou a função por menos de 30 dias e sequer comandou a equipe à beira do campo.

Ricardo Sá Pinto, por sua vez, ficou um pouco mais. O português esteve à frente do Vasco por dois meses até ser substituído por Vanderlei Luxemburgo, após o Natal.

Houve mudanças até mesmo na diretoria de futebol dos clubes. No Vasco, após o Natal, saiu o diretor executivo André Mazzuco. Alexandre Pássaro, ex-São Paulo, chegou para o lugar dele com respaldo do presidente eleito Jorge Salgado. Já em General Severiano, Tulio Lustosa chegou para ser o gerente de futebol após a saída de Paulo Autuori, mas não tem muito prestígio com a torcida no cargo.

Problemas além dos gramados

As constantes trocas no comando técnico refletem o desempenho ruim em campo, mas também os problemas fora dele. As tumultuadas temporadas de Vasco e Botafogo estão diretamente relacionadas a questões que não se resumem ao campo e bola. Hoje, de acordo com o matemático Tristão Garcia, o risco de rebaixamento do Botafogo é de 95%. O Vasco, por sua vez, tem 30% de risco de queda. A equipe de Luxemburgo é o primeiro time fora da zona de rebaixamento.

Além de terem passado por eleições para a presidência do clube no fim de 2020 - a do Vasco, dois meses após a primeira votação, até hoje judicializada -, outro ponto em comum para os clubes é a dificuldade financeira nos cofres de São Januário e General Severiano. Adversários neste domingo, Vasco e Botafogo têm pouca grana em caixa, o que reflete em pouco investimento no futebol e, frequentemente, atrasos salariais.

Os resultados em campo, é claro, refletem as dificuldades que os rivais atravessam nos últimos anos. Por isso, outro ponto em comum é a a luta para fugir do rebaixamento. A situação na tabela passa muito por um planejamento mal feito, pela falta de recursos e por investimentos ruins realizados pelas duas diretorias, que buscam resultados imediatos com pouco dinheiro em caixa até para pagar salários.

35 contratações e pouco resultado

O Botafogo, por exemplo, contratou 25 reforços na temporada. Entre eles, nomes internacionais como Honda e Kalou, que fizeram barulho na chegada, mas muito pouco dentro de campo. Apesar de ter contratado praticamente um elenco inteiro, ninguém se destacou.

O Vasco foi mais discreto no mercado. Foram 10 contratações ao longo de 2020. Duas delas deram muito certo. Os argentinos Germán Cano e Martín Benítez foram tiros certeiros. Os demais, no entanto, pouco acrescentaram até o momento.

Fato é que os dois gigantes cariocas que vestem preto e branco chegam ao clássico com a corda no pescoço. O Botafogo, rodada após rodada, se afunda cada vez mais na zona de rebaixamento. O Vasco, depois de 10 rodadas seguidas no Z-4, conseguiu colocar a cabeça para fora da água, mas um tropeço neste domingo pode custar caro. Se a expectativa não é de um grande jogo tecnicamente, certamente sobrará emoção e desespero neste domingo em São Januário.

No lado do Botafogo, cabe a Eduardo Barroca a improvável missão de conseguir cerca de seis vitórias em 10 jogos, sendo que em todo o Campeonato Brasileiro o time venceu quatro partidas. Na penúltima colocação, com 23 pontos e 95% de risco de cair, a comissão técnica adotou uma nova estratégia para o clássico e concentrou a equipe desde sexta-feira dada a importância no jogo de logo mais. No Vasco a aposta é em Vanderlei Luxemburgo, que chegou mais uma vez cheio de energia para salvar o clube da Série B.

Fonte: GE
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