Opinião: "Esperança de um lado, despedida do outro"

Luccas de Oliveira

Aos dois minutos do segundo tempo, Edu aproveitou uma das raras falhas da defesa vascaína e marcou o único gol do duelo entre Internacional e Vasco no Beira-Rio. Com o apito final de Francisco Nascimento, duas verdades foram \"reveladas\": uma gaúcha e outra carioca.

O Inter entra, de vez, na briga pelo título brasileiro. Por mais que o discurso de Celso Roth passe pela prioridade ao Mundial, está claro de que enquanto o Colorado tiver chances de ser campeão, o time entrará com o que tiver de melhor. E para ganhar, como foi nesse domingo. Seis pontos o separa do líder Corinthians, que irá ao Beira-Rio no próximo domingo para um confronto direto, chamado divisor de águas.

Acabou a discutida invencibilidade de PC Gusmão. 21 partidas depois, o treinador foi derrotado no Brasileirão. De bom, fica o recorde conquistado por ele e o adeus do Vasco à zona de rebaixamento, panorama encontrado por PC quando chegou ao clube.

O Vasco, por sinal, comandou a primeira etapa. Com um futebol envolvente e muitas chances criadas, parecia que conseguiria surpreender os Colorados em Porto Alegre. O azar foi que Renan, que depois foi substituído após choque com Dedé, resolveu pegar tudo. Se a derrota significou o fim da invencibilidade pós-Copa, serviu para mostrar uma postura diferente do clube carioca, mais ofensiva, mais ousada. Só falta acertar a pontaria. A Libertadores virou sonho mais que distante, mas, sem dúvida, o Vasco fará uma campanha sem sustos no restante do Brasileirão.

Enquanto isso, o Internacional tem aquela dor de cabeça que qualquer torcedor gostaria de ter: se preservar no Brasileirão pensando no Mundial ou entrar de cabeça na competição nacional, com chances reais de título?