Três derrotas, o pior início de Campeonato Estadual desde 1984 e uma crise que parece não ter fim. O ano de 2011 começou da pior maneira possível para o Vasco. Depois de perder para o Boavista por 3 a 1 no Engenhão, o time se vê na lanterna do grupo A da Taça Guanabara e a classificação para as semifinais ainda mais distante. Para piorar, no domingo o adversário será o arquirrival Flamengo, líder da chave com nove pontos.
Uma derrota para o time rubro-negro pode sacramentar a queda do técnico Paulo César Gusmão, por enquanto mantido pelo presidente Roberto Dinamite. Para seguir no cargo, porém, PC terá que melhorar os números que tem a frente do Vasco. Desde que chegou no clube em junho do ano passado, o treinador comandou o time em cinco clássicos e não conseguiu vencer nenhum. Foram quatro empates e uma derrota, todos pelo Campeonato Brasileiro do ano passado.
Dois destes empates foram exatamente contra o Flamengo (0 a 0 em agosto e 1 a 1 em outubro do ano passado). Resultado que se for repetido no domingo pode eliminar precocemente o Vasco da Taça Guanabara. O time ainda empatou com Fluminense (2 a 2) e Botafogo (1 a 1) e perdeu para o Fluminense por 1 a 0 na reta final da caminhada do título brasileiro do tricolor.
Além de buscar a sua primeira vitória em clássicos, o Vasco de PC também precisa melhorar os seus números. O aproveitamento do time sob o comando do técnico é de apenas 47,8%. Em 39 jogos, obteve 14 vitórias, empatou 14 jogos e perdeu 11 vezes. O time tem pouco poder de fogo no ataque (no período foram apenas 49 gols, média de 1,25 por partida) e sofre muito gols (foram 46, média de 1,17 por partida).
Se for excluído o amistoso contra o Cerro Porteño no início da temporada, que não tinha disputa por pontos ou campeonatos, o aproveitamento do Vasco é ainda pior (46,4%). São apenas 13 vitórias em 38 jogos.
Apesar dos números ruins e dos seguidos protestos da torcida, Dinamite garantiu PC no cargo. Ele descartou que alguns jogadores estejam fazendo corpo mole para derrubar o treinador.
- Não acredito nisso. O próprio jogador estaria se derrubando fazendo isso - disse o presidente vascaíno, após a partida. - Ele é o técnico do Vasco. Vamos sentar com todos para saber o que a direção do Vasco pode fazer para dar condições ao Vasco de sair desta situação.
Já Felipe, substituído ainda no primeiro tempo da partida, preferiu criticar o comportamento da torcida, que mais uma vez vaiou muito o time e mostrou dinheiro aos jogadores, xingados de mercenários e sem-vergonha.
- Num momento como este, os verdadeiros vascaínos deveriam estar do nosso lado como fizeram na segunda divisão. As vaias não me afetam mais.