Pedreiro vascaíno relembra momentos do Vasco no Maracanã

A dois anos e meio para o início da Copa do Mundo no Brasil, a dupla de Parceiro do RJ da Tijuca, na Zona Norte, Yuri Henderson e Rafael Caliari, visitou as obras do Maracanã, o futuro palco da final da competição. Eles ainda conversaram com alguns trabalhadores, que contaram um pouco sobre os momentos inesquecíveis que passaram no estádio.

O auxiliar de produção Otaviano Antunes, que é flamenguista e carrega o nome do time gravado no uniforme de trabalho, disse que viu o título do Flamengo na Taça Guanabara de 2001. “Aquele gol do Cássio, que chamaram até do gol Santo Antônio”, contou.

Otaviano explicou ainda da diferença em ir ao Maracanã como torcedor e agora, para trabalhar na reforma do estádio. “Como torcedor a gente sente um nervosismo de você estar ali em cima vendo seu time jogar. Às vezes o time está bem, às vezes não. E como trabalhador de construção civil, tem a responsabilidade”, disse.

O pedreiro William Carvalho é vascaíno e também trabalhou nas obras do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão. Ele disse se orgulhar ao passar em frente ao estádio e saber que ali tem um pouco da mão de obra dele.

\"Eu fico feliz porque era parte do meu desafio chegar ao Maracanã, nessa obra grandiosa não só para o Brasil, mas para o mundo. Meus filhos também se orgulham muito”. William também já presenciou jogos do Vasco no Maracanã. “Vim em alguns jogos. Já vi vários gols do Bebeto”, disse ele.

\"Estou vendo um bebê nascer\"

O assistente administrativo Antônio Sérgio contou que sua relação com o Maracanã começou quando ainda era criança. “Meu pai trabalhou aqui na época da obra [de construção]. Então a minha infância foi aqui dentro. Estou vendo um bebê nascer, pois aquele Maracanã que eu conheci, esse não vai existir mais”, disse.

Para ele, o momento mais marcante foi o milésimo gol de Pelé, porque o gandula que entregou a bola ao atacante santista era o seu irmão. Ele também citou o recorde de público no estádio, de mais de 183 mil pessoas, em um jogo da seleção brasileira.

Projeto Parceiro do RJ

Dezoito jovens foram selecionados para formar o Projeto Parceiro do RJ. O grupo foi dividido em nove duplas, que vão representar e mostrar o cotidiano de nove regiões do Rio e Grande Rio. Em comum, seus integrantes querem mostrar não só as mazelas, mas as coisas boas dos bairros onde moram.

Mais de 2.200 pessoas se inscreveram no projeto. Destes, os escolhidos vão mostrar o cotidiano da Rocinha, Copacabana, Tijuca, Campo Grande, Complexo do Alemão, Cidade de Deus, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e São Gonçalo.