Fernando Diniz está oficialmente de volta ao Vasco. Quatro anos depois de sua primeira passagem por São Januário, o treinador retorna para comandar a equipe em 2025 com a missão de reorganizar o futebol cruz-maltino. Mas, afinal, como foi sua primeira experiência no clube?
Contratado durante a Série B de 2021, Diniz chegou com a expectativa de resgatar o futebol e levar o time de volta à elite do Campeonato Brasileiro. Naquele momento, o Vasco vivia uma temporada irregular e ocupava o meio da tabela. O treinador, conhecido por seu estilo ofensivo e ideias modernas de jogo, teve impacto imediato — mas não conseguiu concluir a missão do acesso.
Estilo de jogo marcante e estreias promissoras
A estreia de Diniz ocorreu em uma partida fora de casa contra o CRB, e o Vasco, que jogou bem, deixou a vitória escapar nos acréscimos por causa de um erro individual. Já nos primeiros dias de trabalho, o treinador conseguiu implementar suas principais características: pressão na saída de bola adversária, saída de jogo construída desde a defesa e movimentação intensa no meio-campo.
Na rodada seguinte, contra o Cruzeiro, o roteiro se repetiu: desempenho superior do Vasco, mas o empate veio nos minutos finais. Ainda assim, era possível perceber que o estilo “Dinizista” estava sendo assimilado pelo elenco.
Gols coletivos e a marca registrada do treinador
A equipe começou a mostrar jogadas mais trabalhadas, com participação coletiva. Um exemplo disso foi o gol de Germán Cano contra o Confiança, em jogada que envolveu 13 passes e nove jogadores — uma amostra clara do DNA do treinador.
Outro momento marcante foi a vitória sobre o Goiás por 2 a 0, em São Januário. No segundo gol, foram 24 passes desde o goleiro Vanderlei até a finalização de Gabriel Pec. Apenas um jogador de linha não tocou na bola durante o lance. Essa construção ofensiva, feita com paciência e técnica, simbolizou o auge do futebol apresentado pelo time sob o comando de Diniz.
Queda de rendimento e frustração no fim da campanha
Apesar do bom início e da invencibilidade nos cinco primeiros jogos, o Vasco não conseguiu manter o ritmo. O ponto de virada negativo foi o empate por 2 a 2 contra o Náutico, quando o time abriu dois gols de vantagem, mas cedeu o empate. A partir dali, o rendimento despencou.
O Vasco perdeu quatro partidas consecutivas: CSA (em casa), Guarani (fora, com pênalti desperdiçado por Cano), Botafogo (4 a 0) e Vitória (3 a 0). Com isso, o time ficou matematicamente sem chances de acesso a três rodadas do fim da competição.
No total, Fernando Diniz comandou o Vasco em 12 jogos, com quatro vitórias, três empates e cinco derrotas. Apesar do final decepcionante, o treinador deixou o clube com a sensação de que poderia ter feito mais se tivesse tido mais tempo e estabilidade no ambiente.
— “Acho que a gente não soube aproveitar o momento em que tudo parecia convergir: campo, bastidores e torcida. Foi ali que ou a gente subiria ou aconteceria o que aconteceu”, disse Diniz após sua saída, com um sentimento de dívida com o clube.
Novo ciclo, nova chance
Agora, em 2025, Diniz retorna com a oportunidade de escrever uma nova história. Com mais bagagem e experiência acumulada, ele chega com a missão de reencontrar o bom futebol, reorganizar o elenco e, quem sabe, enfim dar ao torcedor vascaíno o final feliz que ficou pendente em sua primeira passagem.