Futebol

Por dentro do CSI do Vasco

O primeiro gol de Andrey contra o CRB, na semana passada, teve um trabalho coletivo por trás. Após o jogo, o técnico Emílio Faro revelou que o lance surgiu de uma jogada ensaiada inspirada no Napoli, após o setor de análise de desempenho detectar a forma como a defesa do clube alagoano se comportava em jogadas de bola parada. O lance viralizou nas redes sociais, e o ge buscou entender como funciona o departamento de análise do Vasco.

O Centro de Scouting e Informação (CSI) do Vasco é dividido em dois setores. As análises de desempenho e mercado muitas vezes são confundidas, mas são departamentos que o Vasco conseguiu separar. Em ocasiões especiais trabalham juntos.

A área é coordenada por Lucas Vergne e ainda conta com os analistas Thiago Hildebrandt, Eduardo Iung e Matheus Steinmetz. Responsável pelo setor, Lucas explicou o dia a dia do departamento.

- Hoje temos um departamento de análise de desempenho muito robusto, com processos bem estabelecidos e que foram desenvolvidos pela gente.

Contamos também com uma excelente estrutura de trabalho, com equipamentos e softwares da mais alta qualidade e que inclusive são utilizados pelos melhores clubes do mundo.– disse Lucas.

Como é a estrutura do departamento de análise do Vasco?

Lucas Vergne: O departamento de análise de desempenho conta com três profissionais, além de mim. Procuramos trabalhar em duas frentes, ao mesmo tempo que abastecemos o treinador e a comissão, de informações, para que eles possam tomar as melhores decisões, buscamos também produzir de forma institucional, alimentando bancos de dados, respaldando decisões e deixando um legado para o clube.

Contamos exclusivamente com dois analistas, que se alternam, para adversário e um analista responsável por atender todas as demandas referentes a treinos e jogos do Vasco.

Como funciona a análise dos adversários?

Lucas Vergne: Basicamente procuramos analisar de forma coletiva e individual, identificando os padrões de comportamento da equipe adversária em cada momento do jogo, e produzindo informações extremamente detalhadas em formato de relatórios e vídeos tanto para comissão técnica quanto para os atletas.

A ideia é que no primeiro dia após o último jogo, a comissão já tenha em mãos esses relatórios e todas as informações referentes ao próximo adversário para poder traçar as estratégias e trabalhar a equipe durante os treinos.

E a análise do Vasco?

Lucas Vergne: Temos um analista responsável exclusivamente para atender às demandas referentes ao Vasco. Cobrimos de forma integral todos os processos que envolvem o jogo como por exemplo os treinos, onde analisamos todos os dias em conjunto com a comissão técnica se os conteúdos trabalhados foram assimilados pelos jogadores, e a partir disso também em conjunto com a comissão, damos Feedbacks individuais, setoriais e coletivos aos atletas.

Durante os jogos conseguimos, através de softwares, analisar a equipe em tempo real passando informações e imagens ao vivo para o banco de reservas e para o vestiário, no intervalo do jogo.

Após as partidas analisamos novamente e produzimos uma série de relatórios com informações quantitativas e qualitativas de aspectos coletivos e individuais, para debatermos, durante a semana, em conjunto com a comissão e a coordenação técnica.

Como surgiu a jogada “Napolitana”?

Lucas Vergne: Em relação ao gol, analisamos todos os momentos dos adversários, e a bola parada é um deles. Então foi detectado um padrão de marcação nos escanteios, que era prioritariamente individual.

Em qualquer tipo de marcação existem pontos positivos e pontos que podem ser explorados. E em relação à marcação individual, na maioria das vezes conseguimos induzir o adversário a ir para o lugar que a gente quer. Nós possuímos um acervo muito grande com jogadas e situações interessantes de equipes do mundo inteiro. Estamos sempre atentos a tudo que acontece. Detectamos dentro desse acervo, uma jogada que poderia encaixar e sugerimos à comissão técnica. A comissão se interessou, achou que poderia dar certo. Passamos aos jogadores, treinamos e felizmente eles executaram no jogo de forma perfeita.

Importante falar que essa interação entre análise e comissão é uma prática comum. Outro exemplo, dentro do mesmo jogo, é que detectamos que o CRB jogava com os dois laterais projetados e existia a possibilidade de explorar as costas deles no momento em que roubássemos a bola, isso foi passado para comissão, para os jogadores, treinamos e conseguimos explorar isso durante a partida. Foi uma situação legal para as pessoas saberem que o gol surgiu de todo um processo que envolve muitas mãos; a análise, o staff, a comissão, os jogadores…

Fonte: ge
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