Antes de mais nada, o Flamengo reuniu o Conselho Deliberativo na noite da última terça-feira, 08, para debater o imbróglio envolvendo a Libra e os demais participantes do bloco. Insatisfeito com a divisão dos valores referentes ao direito de imagem, o clube bloqueou na justiça pagamento de R$ 77 milhões.
A ação gerou revolta entre dirigentes de Palmeiras, Bragantino, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Vitória, Remo, Paysandu, Volta Redonda, ABC, Guarani, Sampaio Corrêa e Brusque, que se manifestaram contra a decisão do Flamengo.
Contudo, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, partiu para o confronto direto e chegou a sugerir a saída do Flamengo do bloco. O que foi rapidamente descartado por Luis Eduardo Baptista-Bap. Contudo, o mandatário rubro-negro contra-atacou e chamou atenção para a ação de Leila enquanto empresária e sócia da Crefisa.
A empresa emprestou recentemente R$ 80 milhões ao Vasco da Gama para ajudar ao clube no período de recuperação judicial. Contudo, na visão do presidente do Flamengo, o acordo entre empresa e o Vasco merecem atenção.
“E eu não tenho dúvida nenhuma que existe uma agenda muito clara. Gente, a gente está falando desse problema da Libra e a empresa que ela preside emprestou dinheiro para a SAF do Vasco. Quem aqui já pegou dinheiro com instituição financeira na vida? Algum banco pede como garantia as ações do seu negócio que não vai bem ou eles pedem garantia de bens reais? Eu quero a sua casa, eu quero o seu barco, eu quero o seu apartamento, eu quero a sua fazenda”, afirmou o presidente do Flamengo.
Por fim, durante a reunião com o Conselho Deliberativo, Luis Eduardo Baptista, afirmou que o modelo de negócio entre Vasco da Gama e Crefisa, lembra a situação vivida recentemente entre Atlético-MG e MRV, dos Menins, que hoje são donos do clube mineiro.
“Quem é que pede 19 e pouco por cento das ações da SAF se não puder ser pago? Parece que eu ouvi dizer que a última vez que isso aconteceu no Brasil, os Menins compraram o Atlético, criaram uma dívida que era necessária, chegou uma hora e eles executaram. Então, eu acho absolutamente estranho esse tipo de coisa. Eu acho que a mulher de César não basta ser honesta, ela tem que parecer honesta também”, encerrou Luiz Eduardo Baptista.