Quis o destino que Robert Renan voltasse ao futebol brasileiro e logo tivesse a chance de superar um trauma. Há um ano e meio, o zagueiro perdia de cavadinha o quinto pênalti e virava o vilão da eliminação do Inter para o Juventude na semifinal do Gaúchão. Na noite desta quinta-feira, o recém-chegado reforço do Vasco estreou no empate em 1 a 1 com o Botafogo pelas quartas de final da Copa do Brasil, e novamente foi escolhido para a quinta cobrança.
Desta vez, a cavadinha deu lugar a um chute forte, cruzado, sem chances para o goleiro Neto. E ele trocou o papel de vilão pelo de herói da classificação. Na saída de campo, Robert Renan disse que o trauma vivido pelo Inter passou pela sua cabeça na hora, mas ele alcançou a redenção no pênalti e comemorou o roteiro perfeito:
- Sim, sim. Passou (pela cabeça) tudo que eu passei, né? Tudo que eu vivi aqueles meses depois do pênalti que eu perdi. Não tenho nem palavras, cara. É só agradecer a Deus mesmo, porque eu sei que foi Ele que proporcionou isso para mim. Quero mandar um abraço para minha família, que estava torcendo por mim.
O rótulo de vilão acompanhou Robert Renan até o fim de sua passagem pelo Inter. Perseguido pela torcida, o zagueiro não conseguiu render e acabou vendido ao Al-Shabab, da Arábia Saudita. Agora no Vasco, ele tenta dar a volta por cima depois de estrear entrando no segundo tempo:
- Cara, estou muito feliz, não poderia ser uma estreia melhor. Acho que por tudo que eu passei nos últimos meses, por tudo que eu passei nessa situação, acredito que Deus me abençoou com isso hoje, preparou isso para mim. Estou muito feliz de verdade e agora é só seguir trabalhando, que grandes coisas virão para o Vasco.