No Aeroporto Tom Jobim, na manhã desta segunda-feira, os jogadores vascaínos foram chegando aos poucos para o embarque rumo ao Paraguai. Por volta das 7h20, começaram a entrar na aeronave. Diego Souza, Felipe, Eder Luis, Rômulo, Alecsandro... Mas, cadê Juninho? Para surpresa geral, o Reizinho, destaque da vitória sobre o Madureira, no último domingo, pelo Carioca, foi poupado. Algo que, porém, a comissão técnica diz fazer parte de uma programação.
Chama atenção o camisa 8 ser poupado justamente de um jogo da Copa Santander Libertadores, contra o líder do grupo. A exigência física que terá a partida, e a necessidade de se ter Juninho inteiro nas partidas seguintes, ajudam a explicar a opção feita pela comissão técnica, em parceria com a preparação física.
- Ele não estar aqui é um somatório de coisas. Tem a questão da viagem e também pela circunstância do jogo. Poderíamos acabar perdendo o que temos de melhor do atleta, pois o time vai ser exigido muito na parte física. Já estava definido que ele iria enfrentar o Madureira e não viajaria - explicou, após o treino em Assunção, o técnico Cristovão Borges.
Esquema mais utilizado em 2012. Deste modo, Juninho atua como terceiro homem de meio
Há também o revezamento entre Felipe e Juninho, algo que já vinha sendo feito em 2011. Neste ano, porém, o Reizinho foi escalado em dez dos 14 jogos da equipe. Pessoas próximas ao meia revelaram que o jogador acatou a decisão sem reclamar, e Cristovão ressaltou a importância do planejamento:
- Fazemos isso para não perdermos mais ninguém.
Não ter o jogador, porém, pode dar a oportunidade ao treinador de montar a espinha dorsal que mais deu frutos na vitoriosa campanha da Copa do Brasil na temporada passada, num esquema com Felipe e Diego Souza na armação e dois atacantes na frente. Como Eder Luis ainda não está 100% fisicamente, William Barbio deverá executar a função.
Vasco com a espinha dorsal que ganhou a Copa do Brasil em 2011
BATE-BOLA
CRISTOVÃO BORGES EM ENTREVISTA COLETIVA NO PARAGUAI
-1- O que pesou para a não escalação de Juninho?
- Uma série de fatores, principalmente a participação dele nos últimos jogos. Foram três clássicos, decisão de turno... Um desgaste muito grande. Esse acompanhamento é com todos os jogadores.
-2- O fato de ser um jogo que exigir á muito fisicamente da equipe também contribuiu?
- Na avaliação, isso também pesa. É levado em conta. Será um jogo altamente competitivo e com uma dinâmica alta. Tem que estar bem para isso.
-3- E o Juninho vem dando pitacos neste planejamento?
- Tem a participação do jogador. Esse planejamento, que não foi de uma hora para outra, foi feito em conjunto com o atleta. Acordamos que, como ele tem jogado praticamente todas as partidas, seria melhor que ficasse fora.
-4- Então ele já entrou em campo, contra o Madureira, sabendo que ficaria fora contra o Libertad?
- Foi sabendo. Isso nós resolvemos no dia do jogo.
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