À direita, Fabio posa com amigos em mais um desafio do Vasco em São Januário
Foto: Fabio Valle Espingardeiro/vc repórter
Fabio Valle Espingardeiro, 31 anos, é desses torcedores que não se lembram de ter vivido um momento sequer sem torcer para o Vasco da Gama. \"A paixão vem de berço\", define.
E, como em tantos casos, a tal paixão começou dentro de casa, mas não por influência do pai, que é Fluminense. A mãe, Maria Regina, e a avó, Olinda Moreira da Silva Valle, foram as responsáveis por tornar o então pequeno fã em um dos mais fanáticos frequentadores de São Januário.
\"Elas sempre foram torcedoras presentes, me levavam aos jogos e vibravam muito. Eram duas vascaínas fanáticas, que me deixaram ainda pior\", brinca o gerente de vendas.
Ele conta que o pai, Abel, tentou convertê-lo em tricolor, mas nunca teve sucesso. E, mais que isso, sofreu comemorando um título importante do adversário, em pleno estádio.
\"Foi no bicampeonato do Vasco em 1993: minha mãe e minha avó jamais deixariam de assistir a final longe da torcida vascaína. Meu pai queria ir e, como era voto vencido, também ficou com a gente na torcida pelo Vasco\", conta Fabio.
Além de assistir ao vivo a derrota do Fluminense, Abel ainda precisou acompanhar a vibração da torcida adversária. \"Ele fingiu direitinho, comemorou, cantou e até pulou com o Vascão. Fizemos tricolor vibrar\", brinca o filho \"orgulhoso\". Mas Fabio garante: o pai continua tricolor.
Enquanto contava a história ao Terra, aliás, Fabio estava a caminho de São Januário para acompanhar o primeiro desafio Vasco x Corinthians pelas quartas de final da Copa Libertadores da América. Tenso, mas confiante, disse acreditar na vitória e na classificação. \"Quem torce, sempre acredita\", filosofou.