Torcida

Vascaínos off-Rio contam desafios de acompanhar o Clube à distância

“Tua imensa torcida é bem feliz, Norte-Sul, Norte-Sul deste Brasil”.  Embora nem sempre as alegrias estejam presentes no cotidiano recente do vascaíno, o trecho do hino oficial, composto por Lamartine Babo, já denota desde o princípio a grandeza e a força da torcida cruzmaltina.

De Norte a Sul, os amantes da Cruz de Malta se espalham e marcam presença em todo o país. Onde o Clube desembarca, independente da divisão ou do momento atravessado, a festa é sempre calorosa e em grande número. 

Foi assim em Sergipe e, especialmente, no Maranhão, onde mais de três mil pessoas foram ao aeroporto, durante a madrugada, em dia de semana e com o time no meio da tabela da Série B.

Segundo o IBGE, os vascaínos são hoje 8.532.705, isto é, 4%. Já em levantamento do DataTempo, divulgado no dia 25 de setembro, que ouviu 2.025 pessoas, a torcida do Gigante da Colina representa 3,3%, atrás de Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Flamengo. Em ambos os cenários, a quinta maior do país. 

Os números são frequentemente contestados pelos cruzmaltinos. Eles não só acreditam que a torcida é muito maior do que o apresentado pelas pesquisas, como defendem ainda o título de ser a mais apaixonada do país.

E não faltam provas que atestem esse amor. Uma delas foi a recente campanha de associação em massa, na gestão Alexandre Campello, que tornou o Vasco o clube com o maior número de sócios do país, assim como o movimento que colocou de pé o CT Moacyr Barbosa, na Cidade de Deus.

Apesar de estarem sempre ao lado do Clube, para milhões desses torcedores que moram fora do Rio de Janeiro, onde o time manda os seus principais jogos, a distância é sempre um dilema, precisando driblar as dificuldades. 

Através de pequenas torcidas organizadas, se reúnem em bares e restaurantes semanalmente, ou até de maneira virtual, participando dos grupos de WhatsApp, por exemplo. 

E se engana quem pensa que o desejo deles é apenas conhecer São Januário... Conhecidos como os “off-Rio”, buscam também se engajar na política e participar das decisões que envolvem os rumos da nau vascaína.

Atento a esse público, o Vasco da Gama, agora na gestão Jorge Salgado, tem traçado diversas ações para se aproximar do seu torcedor. Foi assim no Dia do Nordestino, quando a diretoria lançou um cupom de desconto voltado ao sócio-torcedor dessa região, além de um vídeo do craque Nenê, enviado de maneira individual. 

Novas lojas Gigante da Colina também estarão à disposição dos vascaínos. Uma já foi inaugurada em Brasília e outras duas estarão em breve, em Vitória e Manaus. 

Na parte de licenciamento, recentemente a diretoria fechou contrato com empresas do Nordeste com forte distribuição na região, dando a possibilidade de mais pontos de vendas com produtos licenciados, sem a necessidade do torcedor pagar pelo frete nas vendas online.

Há algumas semanas, sócios de todo o país têm recebido vídeos de aniversário com jogadores mandando mensagens personalizadas, e o retorno tem sido muito positivo, de acordo com a assessoria de imprensa.

Para conhecer um pouco mais sobre a realidade desses apaixonados pelo Gigante da Colina e como eles driblam a distância para se aproximar do time, foi que o SuperVasco conversou com um vascaíno de cada região do país. 

Foto: Acervo pessoal

Carlos Henrique nasceu em Monte Castelo, em Santa Catarina, tem 21 anos, e é vascaíno desde o berço. As raras vezes em que acompanhou os jogos foi quando o time esteve na capital.

De onde surgiu esse amor pelo Vasco, estando a tantos quilômetros do Rio de Janeiro, sede do Clube? 

- Meu amor pelo Vasco começou com a influência do meu pai, que é vascaíno. Desde pequeno me dava camisas, bolas, bandeiras e fazia assistir os jogos com ele... Desde então fui pegando um amor pelo Clube e gostando demais de acompanhar todos os jogos do vasco mesmo estando a 1,025 km do Rio de Janeiro.

Como é acompanhar o time à distância e quais as principais dificuldades?  

- Sempre estou acompanhando o Vasco diretamente pela TV ou nas plataformas digitais do Clube. Ainda não conheço São Januário e nunca vi um jogo no Rio. Esse é meu maior sonho: ver meu time do coração jogar em casa com a torcida. Mas sempre que o Vasco vem jogar aqui no Sul eu faço o possível para estar presente no estádio, apoiando o clube.

De que forma você busca consumir os conteúdos do Clube, para tentar se aproximar?

- A melhor forma que eu busco é seguindo o Clube nas redes sociais, sempre estar participando em campanhas, entre outros... Sendo sócio-torcedor também me sinto mais perto, fazendo com que eu participe diretamente mesmo estando longe. E, claro, sempre gosto de estar em grupos do Vasco, pada ter aquela resenha com a galera.

Foto: Acervo pessoal

Ian Raliê tem 26 anos e é natural de Irecê, na Bahia, a cerca de 1579 quilômetros do Rio. Ele também herdou o amor pela Cruz de Malta através do pai.

De onde surgiu esse amor pelo Vasco, estando a tantos quilômetros do Rio de Janeiro, sede do Clube?

- Desde que me conheço por gente sou Vasco. Herdei esse amor do meu pai, que também é vascaíno. Agradeço demais por isso, como diz a torcida "ser Vasco é bom demais”.

Como é acompanhar o time à distância e quais as principais dificuldades?  

- Hoje é tranquilo para acompanhar, fico sabendo dos acontecimentos do clube em tempo real. A internet e os canais esportivos facilitam muito. Complicado  era 12, 14 anos atrás, quando só dava pra assistir e ouvir os jogos, não dava pra acompanhar os bastidores. Muitas vezes só dava mesmo era para ver os gols nos programas da tv aberta. A principal dificuldade  de acompanhar o Vasco à distância é não sentir de forma mais intensa a energia de São Januário, espero não demorar muito pra conhecer nosso Caldeirão. 

De que forma você busca consumir os conteúdos do Clube, para tentar se aproximar?

- Consumir os conteúdos do Vasco é relativamente fácil, consigo acompanhar tudo que acontece por meio das redes sociais do Clube e também da galera que gera conteúdo exclusivo do Vasco. Acredito que não tenha um vascaíno offaRio que nunca passou uns minutos assistindo no YouTube a torcida dando show em São Januário.

Foto: Acervo pessoal

João Vitor tem 20 anos, é de Brasília e nunca teve a oportunidade de acompanhar uma partida de maneira presencial.

De onde surgiu esse amor pelo Vasco, estando a tantos quilômetros do Rio de Janeiro, sede do Clube? 

- O amor pelo Vasco foi passado do meu pai para mim, desde criança. Meu pai viu aquela geração vitoriosa dos anos 90 e se apaixonou pelo Vasco, vendo Romário, Juninho Pernambucano, Felipe e principalmente o Edmundo jogar. Ele me contagiou com esse amor e, na minha infância, acabei muito marcado pelo time de 2011 do Vasco, com Dedé, Eder Luís , Diego Souza e cia. Mesmo com o momento ruim, o amor só foi aumentando.

Como é acompanhar o time à distância e quais as principais dificuldades?  

- Já sou acostumado com isso e, ao contrário do que possa parecer, a feição pelo time só aumenta, pois ver o Vasco poucas vezes acaba tornando o momento inesquecível. As maiores dificuldades são a falta de interação com os jogadores, não estar na atmosfera de São Januário com frequência e apoiar o time em todos os momentos, mas é algo que podemos lidar.

De que forma você busca consumir os conteúdos do Clube, para tentar se aproximar?

- Interagindo com o time nas redes sociais, ajudando com engajamento e também consumindo produtos do Vasco, expondo a marca nos lugares em que vou e tentando transmitir meu sentimento para outras pessoa, assistindo os jogos com frequência, se informando diariamente sobre o time, vendo YouTubers que criam conteúdo relacionado ao Vasco. O Vasco, depois da minha família, é a minha maior paixão.

Foto: Acervo pessoal

Em Além Paraíba, Minas Gerais, mora Diego Mendonça, de 32 anos. Ele conhece São Januário apenas pela televisão.

De onde surgiu esse amor pelo Vasco, estando a tantos quilômetros do Rio de Janeiro, sede do Clube? 

- Tenho na família pai tricolor, irmã flamenguista que tentou me levar pro lado de lá a todo custo, e mãe vascaína, mas que não acompanha... Então o amor pela Cruz de Malta surgiu naturalmente. Estava destinado a isso, e assistindo televisão e ouvindo rádio,  pude acompanhar  aquele time de 97, quando tinha 8 anos. Ali veio a certeza de ser cruzmaltino com muito prazer.

Como é acompanhar o time à distância e quais as principais dificuldades?  

- Acompanhar à distância é dolorido. Sou daqueles que, se fosse vizinho da Barreira, ia viver e respirar São Januário. Não perco um jogo, já ouvi vários e vários pela Rádio Tupi. Na fase que for, estando onde estiver, eu não deixo de acompanhar.

De que forma você busca consumir os conteúdos do Clube, para tentar se aproximar?

- Busco acompanhar canais oficiais, comprar produtos licenciados... Há um tempo me tornei sócio-torcedor, ouço e leio todo e qualquer conteúdo ligado ao Clube e sua rica história. Tenho vontade, porém nunca assisti a um jogo seja em São Januário ou qualquer estádio. Sempre acompanhei por rádio ou televisão e, com avanço da tecnologia, pela internet também.

Foto: Acervo pessoal

Filho Medeiros é de Tailândia do Pará, com 40 anos de idade. Mais experiente, ainda teve o privilégio de poder presenciar a época áurea do Cruzmaltino e já realizou o sonho de visitar o Caldeirão.

De onde surgiu esse amor pelo Vasco, estando a tantos quilômetros do Rio de Janeiro, sede do Clube? 

- Foi através do meu pai que veio a paixão por esse clube maravilhoso. Já tive a honra de ir a São Januário, mas faz tempo.

Como é acompanhar o time à distância e quais as principais dificuldades?  

- Acompanho através da TV, principalmente. Pensei que este ano iria vê-lo de perto pois viria a Belém jogar contra o Remo mas, por causa da pandemia, não pude ir.

De que forma você busca consumir os conteúdos do Clube, para tentar se aproximar?

- Sou sócio do Clube e sempre que sai um enxoval novo procuro comprá-lo.

Por Leandro Oliveira

Fonte: SUPERVASCO.COM
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