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Vasco suspende três sócios que invadiram sede de São Januário em junho

Três sócios do Vasco foram afastados do quadro social nos últimos dias por infração os artigos 34 e 35 do estatuto do clube. Os comunicados foram assinados pelo segundo vice-presidente geral do Cruz-Maltino, Silvio Godoi. A pena de seis meses de suspensão foi imposta, segundo o dirigente, pela invasão de torcedores a sede de São Januário no último dia 9 de junho. Na ocasião, cerca de 40 integrantes de organizadas entraram no clube, que estava fechado, portão 16 - que serve de entrada para a imprensa.

Segundo o estatuto do Vasco, o artigo 34 fala que ''fica sujeito às penas combinadas no documento o sócio que, verbalmente ou expressamente, para qualquer fim, fizer ou subscrever declarações inverídicas atentatórias ao clube ou aos seus dirigentes, ou desprezar as regras da boa conduta moral, cívica e desportiva''. Já o 35 fala sobre as punições: advertência, suspensão de seis meses ou eliminação. Entre os invasores, três já foram identificados e suspensos. No documento ao qual o GloboEsporte.com teve acesso, constam os nomes de Luis Rocha, da Torcida Pequenos Vascaínos, e Powzemarquer Monteiro dos Santos.

- Depois desses dois, já identificamos outro que também foi suspenso. Só não lembro o nome dele. Os três fizeram parte daquele grupo que invadiu o clube. Foram suspensos por seis meses e tiveram sorte de não serem eliminados do quadro social. Depois o caso ainda será avaliado por uma comissão e os torcedores podem ter mais problemas. O Vasco fará uma queixa crime por invasão de propriedade privada. Vamos juntar as gravações e quem mais for identificado também terá problemas. Ninguém pode invadir o clube mesmo sendo sócio. Houve ainda uma série de insultos. Lá fora tudo bem, até queimaram um boneco do presidente outro dia. Mas dentro do clube é absolutamente errado. Um ato criminoso - explicou Godoi.

Um dos torcedores suspenso, Luis Rocha, que estava no restaurante de São Januário no momento da ligação, foi procurado pela reportagem e não quis falar sobre o assunto.

- Ao que consta, eu fui suspenso mesmo. Mas prefiro não opinar - resumiu o torcedor.

A invasão se deu em uma terça-feira, dias depois da derrota por 2 a 0 para o Atlético-PR, em Curitiba. Houve princípio de confusão, mas os torcedores foram retirados sem nenhum incidente do estádio. Segundo relato de policiais, os torcedores queriam ser recebidos pelos jogadores e pediram para falar com Bernardo, que na época havia discutido com vascaínos nas redes sociais e acabou afastado pela diretoria. Hoje o jogador defende o Ceará.

O Vasco fechou as portas naquele dia para se precaver do protesto de organizadas e reforçou a segurança nas diversas saídas de São Januário. No entanto, mesmo após a invasão, foi permitida uma brecha para que os torcedores entrassem em contato com os jogadores. Alguns foram até o portão, como Luan, Yago e Gilberto (os dois últimos já até deixaram o clube), além do coordenador científico Alex Evangelista. O quarteto ficou durante 10 minutos ouvindo os torcedores, respondendo perguntas e argumentando. No fim do papo, que foi pacífico, os torcedores puxaram "casaca" e cantaram o hino do clube.

A situação do Vasco dentro de campo segue complicada. Atualmente, o clube ocupa a incômoda 19ª posição no Campeonato Brasileiro. São apenas 12 pontos ganhos e 13 rodadas na zona do rebaixamento. Após o treino deste sábado, os jogadores voltaram a ter contato com alguns jogadores. Eles pediram mais empenho e sangue nos olhos contra o Joinville, adversário deste domingo, no Maracanã.

Fonte: ge